Com esta decisão, que foi unânime, a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aumentos que levou a taxa ao seu nível mais alto em 19 anos na maior economia da América Latina, para tentar conter a inflação.
O Banco Central explicou num comunicado que a sua decisão responde a um contexto "mais incerto e adverso", causado principalmente pela política comercial e fiscal dos EUA.
Além disso, afirmou que acompanhou "com particular atenção" tudo o que se relaciona com a tarifa assinada hoje pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que abriu exceções, como a aviação e alguns minerais.
Nesse sentido, o Banco Central incluiu uma possível "desaceleração global mais pronunciada resultante do choque comercial" como um dos fatores que podem reduzir a inflação.
No cenário doméstico, a instituição apontou para uma moderação do crescimento económico, embora tenha afirmado que o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo.
Esta conjuntura, tanto internacional como doméstica, exige uma postura de "cautela", segundo o Banco Central, que antecipou que, por enquanto, não aumentará mais a taxa de juro.
Na sua reunião anterior, realizada em junho, o Banco Central já havia reduzido a magnitude do aumento, que foi de 0,25 pontos percentuais em vez de 0,5, como anteriormente.
A inflação no Brasil está em 5,35% ao ano e, embora tenha diminuído, continua acima do limite máximo da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%.
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