"Foi a solução correta. É um operador com enorme prestígio, que é parceiro do BCP numa operação em França. Vai acrescentar valor e dificultar-nos a vida", considerou Miguel Maya, em resposta aos jornalistas, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do banco.
O presidente executivo do BCP disse ainda que esta escolha vai obrigar o banco a ser mais inovador, acrescentando que não tem "nenhum receio" no que diz respeito a este tema.
Miguel Maya admitiu ter de rever esta parceria face à compra do Novo Banco, mas disse não ser uma urgência, uma vez que em causa estão pessoas "muito profissionais".
Em 13 de junho, a Lone Star chegou a acordo com o grupo bancário francês BPCE para a venda do Novo Banco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.
"O Novo Banco, S.A. ("novobanco" ou o "Banco") informa que o seu acionista maioritário, a Nani Holdings S.à r.l. (uma entidade detida pela Lone Star Funds), assinou um Memorando de Entendimento para a venda da sua posição acionista ao BPCE, por um montante equivalente a uma valorização de aproximadamente Euro6,4 mil milhões, no final de 2025, para 100% do capital social", lê-se num comunicado enviado, na altura, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A venda da participação de 13,54% do Fundo de Resolução no Novo Banco, permitirá um encaixe bruto de cerca de 866 milhões de euros, segundo o Fundo.
Por sua vez, o Governo vai vender ao BPCE o capital do Novo Banco controlado diretamente pelo Ministério das Finanças, acompanhando a alienação dos 75% da Lone Star, num negócio que valoriza o banco em 6.400 milhões de euros.
[Notícia atualizada às 18h32]
Leia Também: Lucro do BCP sobe 3,5% até junho para 502,3 ME