Os sindicatos aprovaram a proposta da Administração da CP - Comboios de Portugal, que prevê um aumento de 4% nas tabelas salariais, mas afirmaram querer continuar o debate.
A decisão foi tomada pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), Associação Sindical Independente do Serviço Comercial (ASSIFECO), Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), Sindicato Nacional Democrático dos Ferroviários (SINDEFER), Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes e Indústria (SINTTI), Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários e Afins (SIOFA), Sindicato Nacional dos Quatros Técnicos (SNAQ), Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).
"Este conjunto de sindicatos transmitiu à CP e ao Sr. ministro das Infraestruturas e Habitação, a aceitação da proposta apresentada pela administração da empresa, no passado dia 16 de julho, criando assim condições para os trabalhadores verem valorizados os seus salários", lê-se num comunicado conjunto.
Segundo a mesma nota, o acordo prevê um acréscimo de 4% nas tabelas salariais a partir de 01 de julho e a reestruturação das tabelas, a partir de janeiro de 2025, com a implementação do novo aumento, que somado aos 34 euros avançados pela administração reponha, em cada índice, a diferença com o salário mínimo nacional, existente em 2018.
Este acordo prevê ainda a redução dos tempos mínimos de permanência a partir de 01 de janeiro de 2025.
Contudo, os sindicatos querem continuar a debater a criação de mecanismos que evitem novos "achatamentos relativamente ao salário mínimo nacional".
Por outro lado, querem tornar mais atrativa a progressão entre os índices nas carreiras profissionais, bem como a criação de um mecanismo de compensação dos trabalhadores em topo de carreira.
"Consideramos importante a abordagem destes temas, de modo que, num curto espaço de tempo, não estejamos a fazer uma discussão/negociação na base dos mesmos argumentos do processo negocial que nos conduziu à elaboração do relatório da reestruturação das grelhas salariais da CP", explicaram.
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