Por sua vez, as expectativas a três anos mantiveram-se em 2,4%, enquanto as perspetivas a cinco anos permaneceram estáveis em 2,1% pelo sétimo mês consecutivo.
A incerteza relativamente às expectativas de inflação para os próximos 12 meses não mudou em junho.
De forma geral, a evolução das perceções e expectativas de inflação seguiu tendências semelhantes entre os diferentes grupos de rendimentos.
Os inquiridos mais jovens (entre 18 e 34 anos) continuaram a reportar perceções e expectativas de inflação mais baixas do que os inquiridos de maior idade (entre 35 e 54 anos e de 55 a 70 anos), embora a diferença tenha sido menor do que em anos anteriores.
Quanto aos rendimentos e ao consumo, as expectativas dos consumidores sobre o crescimento nominal dos seus rendimentos nos próximos 12 meses mantiveram-se em 1% em junho.
Esta aparente estabilidade oculta uma diminuição nas expectativas entre os indivíduos de maiores rendimentos, compensada por um aumento nas expectativas entre os grupos de menores rendimentos, explica o BCE.
O crescimento nominal esperado dos gastos para os próximos 12 meses diminuiu para 3,2% em junho, contra 3,5% em maio e 3,7% em abril.
Esta queda reflete a crescente incerteza económica dos últimos meses, bem como uma menor inflação esperada, aponta o BCE.
As expectativas de crescimento económico para os próximos 12 meses tornaram-se menos negativas, passando de -1,9% em abril para -1,1% em maio e -1% em junho.
As perspetivas sobre a taxa de desemprego a 12 meses diminuíram ligeiramente para 10,3% em junho, contra 10,4% em maio.
Os consumidores continuam a esperar que a taxa de desemprego futura seja apenas ligeiramente superior à taxa de desemprego atual percecionada (de 9,8%), o que sugere uma perspetiva de estabilidade no mercado de trabalho.
Por outro lado, os consumidores preveem que o preço da sua habitação aumentará 3,1% nos próximos 12 meses, uma ligeira diminuição em relação a maio (3,2%).
As expectativas sobre as taxas de juro hipotecárias a 12 meses caíram para 4,3%, contra 4,4% em maio.
Como nos meses anteriores, os agregados familiares de menores rendimentos esperavam taxas hipotecárias mais altas a 12 meses (de 4,9%), enquanto os de maiores rendimentos esperavam taxas mais baixas (de 3,9%).
A percentagem de famílias que reportaram esperar condições de crédito mais restritivas nos próximos 12 meses diminuiu ligeiramente.
Leia Também: Analistas antecipam descida das taxas do BCE em setembro