Apesar de na reunião de há quatro dias o BCE ter decidido manter as taxas em 2%, depois de oito reduções de 0,25 pontos percentuais, a previsão é que, nesta próxima reunião, haja um corte adicional.
De acordo com uma sondagem realizada regularmente pelo BCE junto de analistas, publicada hoje, o consenso, baseado na média das respostas, aponta para uma redução de 0,25 pontos na reunião dos dias 10 e 11 de setembro.
Os analistas também acreditam que o Conselho de Governo do BCE manterá as taxas de juro em 1,75% até ao primeiro trimestre de 2027, altura em que esperam que a entidade monetária da zona euro volte a aumentá-las para 2%.
Este nível manter-se-ia pelo menos até ao primeiro trimestre de 2028, quando os especialistas preveem uma subida de 25 pontos base, para 2,25%, nível que permaneceria até ao final de 2028.
A longo prazo, os especialistas em política monetária veem as taxas de juro estabilizadas em torno de 2%.
Na semana passada, o BCE manteve a taxa de juro para os depósitos bancários em 2%, depois de oito cortes de 0,25 pontos percentuais desde junho de 2024, tendo conseguido fazer a inflação baixar para 2% na zona euro.
A média dos analistas consultados pelo BCE prevê que a inflação ficará em 2% no terceiro trimestre, e em 1,9% no quarto trimestre, baixando para 1,7% entre janeiro e março de 2026.
Nos trimestres seguintes, a inflação manter-se-ia em torno de 1,9%, voltando a subir para 2% no primeiro trimestre de 2027, e mantendo-se nesse nível posteriormente.
Além disso, os analistas consideram que a zona euro crescerá apenas 0,1% e 0,2% no terceiro e quarto trimestre de 2025, respetivamente, antes de subir para 0,3% no primeiro trimestre de 2026, permanecendo nesse nível até ao terceiro trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro aumentará mais uma décima.
A partir do primeiro trimestre de 2027, o crescimento estabilizar-se-á em 0,3%.
A longo prazo, os analistas preveem um aumento do PIB da zona euro de cerca de 1,2%.
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