A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce) tem provocado, ao longo dos últimos dias, constrangimentos nos aeroportos portugueses, sobretudo no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Saiba o que pode fazer se foi afetado pelas paralisações.
Segundo frisa a AirAdvisor, plataforma global de direitos dos passageiros aéreos, "mesmo durante as greves, as companhias aéreas têm obrigações com os seus clientes" e, por isso, os visados podem requerer compensações financeiras em casos de extravio, assim como a remarcação dos seus bilhetes e o acesso à assistência básica durante o tempo de espera.
"A legislação não prevê indemnização por atrasos ou cancelamentos dos voos, mas, nestes casos extraordinários, as companhias aéreas são responsáveis por garantir que os viajantes tenham atendimento para remarcação das passagens e custeio de refeições ou alojamento em hotel, quando necessário", explicou o CEO da AirAdvisor, Anton Radchenko, citado num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Além disso, "as companhias aéreas também são obrigadas a responder pelas bagagens perdidas, durante greve de funcionários dos aeroportos", segundo dita o artigo 19.º do regulamento UE-261, que "estabelece que a transportadora é responsável pelos danos causados por atrasos no transporte de passageiros ou bagagem, a menos que possa provar que tomou todas as medidas razoáveis para evitar a interrupção".
"Uma greve normalmente não se enquadra nesta isenção e os passageiros têm direito de pedir indemnização em casos de extravio das bagagens", adiantou Radchenko.
Pode confirmar aqui se as perturbações nos voos são passíveis de compensação.
Sublinhe-se que, só no domingo, no aeroporto de Lisboa, quase 40 voos foram cancelados devido à greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies.
Greve na Menzies dita cancelamento de 36 voos no aeroporto de Lisboa
Vinte e duas partidas e 14 chegadas previstas para hoje no aeroporto de Lisboa foram canceladas devido à greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies (antiga Groundforce), disse uma fonte sindical à agência Lusa.
Lusa | 20:51 - 27/07/2025A greve em curso, convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes, começou à meia-noite de sexta-feira e prolonga-se até às 24h00 desta segunda-feira.
Trata-se da primeira de cinco greves de quatro dias marcadas para os fins de semana até ao início de setembro.
Em agosto, os períodos de greve estão agendados para 8 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 1 de setembro.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, estão o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos moldes anteriores.
Leia Também: Sindicato denuncia: "TAP está a sabotar greve em curso na Menzies"
