"Ele pode falar comigo quando quiser", disse o líder republicano à imprensa.
Presidente dos Estados Unidos não quis detalhar o que o Brasil pode esperar dessa eventual conversa: "Vamos ver o que acontece, mas gosto do povo brasileiro", afirmou.
O Presidente norte-americano puniu o Brasil com uma tarifa de 50% vários produtos em retaliação às ações das autoridades judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado político.
A carta em que, no dia 09 de julho, anunciou essas taxas argumentava que essa medida não respondia a motivos comerciais, mas ao que, na sua opinião, é uma "caça» às bruxas" contra Bolsonaro no processo contra ele por tentativa de golpe de Estado.
Questionado hoje sobre o motivo dessas tarifas, Trump reiterou que "as pessoas que governam o Brasil erraram".
O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, afirmou na quinta-feira que a tarifa de 50% que os Estados Unidos impõem às importações brasileiras afetará 35,9% das vendas do país e prometeu "lutar para reduzir ainda mais esse impacto".
Num comunicado assinado por Lula da Silva da quinta-feira, o Presidente brasileiro sublinhou que "a motivação política das medidas contra o Brasil atenta contra a soberania nacional e a própria relação histórica entre os dois países", mas acrescentou que o país continua "disposto a negociar aspetos comerciais da relação com os Estados Unidos, mas não abrirá mão dos instrumentos de defesa do país previstos na sua legislação".
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