Trump adia entrada em vigor de novas tarifas para a próxima 5.ª-feira

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu, através de ordem executiva, que as novas tarifas globais, que deveriam entrar em vigor hoje, começam a ser aplicadas a partir de 7 de agosto, a próxima quinta-feira.

Trump returns to the White House after meeting UK Prime Minister Keir Starmer

© Lusa

Lusa
01/08/2025 06:03 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Tarifas

O novo plano tarifário foi publicado na quinta-feira no portal da Internet da Casa Branca, horas antes do fim do prazo dado aos parceiros comerciais para chegarem a um acordo sobre as novas taxas.

 

As alterações às tarifas entram em vigor às 4h01 (5h01 em Lisboa), sete dias após a data da ordem ratificada.

O decreto refere que alguns parceiros comerciais dos Estados Unidos, ou estão prestes a concordar, com compromissos comerciais e de segurança significativos, mas acrescenta que outros, apesar de terem encetado negociações, propuseram condições que não resolvem "de forma suficiente" os desequilíbrios nas relações comerciais ou não alinham adequadamente com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional.

Alguns, acrescenta ainda a ordem executiva, não se envolveram diretamente nas negociações nem tomaram medidas para se alinharem com os EUA em questões económicas e de segurança nacional.

Para os países aos quais os EUA vendem mais do que compram, continua em vigor a taxa de 10% definida a 2 de abril, dia em que foi anunciada pela primeira vez uma série completa de taxas sobre os parceiros dos EUA.

Uma taxa de 15% é apresentada como o novo mínimo para os países com os quais os Estados Unidos consideram ter um défice comercial, de acordo com a CNN. Cerca de 40 países estão sujeitos a esta percentagem, incluindo Costa Rica, Equador, Venezuela e Bolívia.

Além disso, países como Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos vão estar sujeitos a taxas de 40%. E apenas três países - República Democrática do Congo, Guiné Equatorial e Suíça - vão ter tarifas mais altas do que as que já lhes são aplicadas, de acordo com dados da CNN.

Casa Branca tinha garantido entrada em vigor das tarifas esta sexta-feira

A decisão é conhecida depois de a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, ter garantido em conferência de imprensa que as taxas iam entrar em vigor esta sexta-feira.

"Dos nossos 18 maiores parceiros comerciais, dois terços deles chegaram a um acordo. E os restantes países que não chegaram a acordo ou receberam uma carta receberão uma resposta deste governo antes da meia-noite de hoje. Portanto, sim, amanhã, 01 de agosto, as tarifas recíprocas entrarão em vigor", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em conferência de imprensa.

Depois de prorrogar a trégua que o próprio tinha estabelecido em abril em relação às "tarifas recíprocas", o Presidente norte-americano definiu o dia 01 de agosto como a data efetiva para as tarifas mencionadas e enviou cartas a vários países a notificá-los.

Leavitt afirmou que não descarta que Trump consiga fechar "mais acordos entre agora e a meia-noite".

"Já o viram fazer isto. Ele fechou três negócios num dia recentemente", explicou ela, referindo-se ao anúncio feito por Trump de acordos com a Coreia do Sul e o Paquistão, além da ratificação de tarifas contra o Brasil e sobre o cobre, e ao anúncio de que vai impor uma tarifa de 25% à Índia e penalizações adicionais para o seu comércio com a Rússia.

"Sei que os líderes estrangeiros estão a telefonar (a Trump), conscientes de que este prazo de amanhã (sexta-feira) é um assunto sério para eles, e estão a fazer ofertas", garantiu a porta-voz.

Leia Também: Tarifas: Suíça assume fracasso de negociações comerciais com EUA

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas