"Este é um cessar-fogo que (...) foi alcançado pela força. Não por pedidos ou súplicas, mas pela força. Alcançámos a paz pela força, a tranquilidade pela força, a segurança pela força, em sete frentes", disse o chefe de Governo numa mensagem vídeo, na qual insistiu que Israel não permitirá que as tropas do novo regime sírio sejam enviadas para o sul de Damasco.
Netanyahu disse ainda que existe uma política clara em relação ao país vizinho: desmilitarizar a zona a sul de Damasco, "dos montes Golã às montanhas drusas", bem como proteger os drusos, que apelidou de "irmãos dos nossos irmãos".
Israel atacou as tropas sírias que seguiam para sul, mas também bombardeou, na quarta-feira, o Ministério da Defesa e os arredores do Palácio Presidencial em Damasco, numa escalada que acalmou apenas horas depois.
O Presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, comentou hoje o sucesso dos esforços para conter o surto de violência na província de Al-Suwayda, no Sul, cuja segurança estará nas mãos das fações locais e dos líderes religiosos.
"Os esforços do Estado para restaurar a estabilidade e expulsar as fações ilegais foram bem-sucedidos (...) Graças à intervenção eficaz da mediação americana, árabe e turca, a região foi salva de um destino incerto", disse o Presidente da Síria, durante um discurso televisivo.
O líder sírio explicou que decidiu deixar a segurança de Al Sueida nas mãos de fações locais e líderes religiosos, depois de a chegada das forças governamentais para assumir estas tarefas ter desencadeado intensos confrontos.
"Tínhamos duas opções: abrir uma guerra com a entidade israelita à custa do nosso povo druso e da sua segurança, desestabilizando a Síria e toda a região; ou permitir que os líderes drusos caíssem em si e priorizassem o interesse nacional", concluiu Al-Sharaa.
Leia Também: Sobe para 516 número de mortos no sul da Síria