UE "longe de estar tranquila" com promessa israelita de mais ajuda em Gaza

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português disse hoje que os países da União Europeia (UE) estão "longe de estar tranquilos" com o cumprimento do acordo feito com Israel para deixar entrar mais apoio humanitário em Gaza.

Rangel

© Omar Havana/Getty Images

Lusa
15/07/2025 16:55 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, por ocasião do Conselho dos Negócios Estrangeiros da UE, Paulo Rangel considerou que a "pressão sobre Israel está a funcionar".

 

"Em todo o caso, se temos já sinais positivos em alguns domínios, nos outros não temos, portanto, estamos longe de estar tranquilos sobre se todos os pontos que foram acordados vão para a frente", ressalvou o governante.

Paulo Rangel referia-se a um acordo feito na semana passada entre a UE e Telavive para aumentar o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo extremista palestiniano Hamas desde outubro de 2023, que provocou mais de 58 mil mortos, centenas de milhares de deslocados e uma grave escassez de bens essenciais.

"Umas [medidas] estão no terreno, claramente, já a funcionar; com outras está a haver, aparentemente, alguma relutância", afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

Questionado sobre a possibilidade de avançar com sanções contra Israel em caso de incumprimento deste acordo, o ministro dos Negócios Estrangeiros português descartou essa possibilidade, sustentando que a única coisa que foi equacionada e para a qual "podia haver a unanimidade necessária" seria apertar as restrições aos colonos israelitas extremistas na Cisjordânia.

No entanto, até esta possibilidade caiu face a um bloqueio da Hungria.

O acordo de associação entre a UE e Israel também foi discutido pelos chefes da diplomacia do bloco dos 27, mas o ministro disse que não estava em cima da mesa a suspensão, ainda que haja um relatório que comprova que Telavive violou o artigo do documento que obriga ao cumprimento dos direitos humanos.

A UE não tem observadores próprios a confirmar que há mais apoio humanitário a entrar no enclave palestiniano, mas Paulo Rangel disse que há relatos diários por parte das Nações Unidas e dos países vizinhos Jordânia e Egito.

Leia Também: Rangel sublinha necessidade de "reforço das fronteiras externas" da UE

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