Rússia garante que continua disposta a negociar com Kyiv

O Kremlin afirmou hoje que continua disposto a negociar com a Ucrânia, mas precisa de tempo face às declarações do presidente norte-americano, que deu 50 dias à Rússia para pôr fim ao conflito e prometeu armas a Kyiv.

Dmitri Peskov

© Reuters

Lusa
15/07/2025 12:17 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"As declarações do Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump são muito sérias. Parte delas foram dirigidas pessoalmente a [o homólogo russo, Vladimir] Putin. É claro que precisamos de tempo para analisar o que foi dito em Washington. Se ou quando o Presidente Putin considerar necessário, ele comentará", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas. 

 

Peskov insistiu que as autoridades russas continuam prontas para negociar com a Ucrânia.

Na segunda-feira, Donald Trump deu à Rússia um ultimato de 50 dias para pôr fim à ofensiva na Ucrânia, lançada em 2022, sob pena de sanções severas, e afirmou que os equipamentos militares, pagos por países europeus membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), seriam enviados para a Ucrânia.

"Parece que esta decisão tomada em Washington, nos países da NATO e diretamente em Bruxelas será vista por Kyiv não como um sinal a favor da paz, mas como um sinal para continuar a guerra", criticou Peskov.

O porta-voz do Kremlin afirmou que a Rússia aguarda "propostas da parte ucraniana" relativas a uma terceira ronda de negociações, após duas sessões pouco frutíferas em Istambul.

"Continuamos prontos", repetiu, durante a conferência de imprensa diária.

Desde o regresso à Casa Branca, em janeiro, Trump tem tentado pressionar Moscovo e Kyiv a chegar a um acordo de paz.

Durante a campanha eleitoral, Trump garantiu que poderia pôr fim ao conflito muito rapidamente, sem nunca explicar como o faria.

Depois de ter multiplicado os sinais de aproximação com Putin, o Presidente norte-americano mudou de tom nas últimas semanas, mostrando a sua frustração.

Trump afirmou estar "dececionado" com o homólogo russo, que recusou as propostas de cessar-fogo na Ucrânia.

"Pensei que teríamos um acordo há dois meses, mas isso não parece concretizar-se", afirmou Trump, na segunda-feira, na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Sem um acordo dentro de 50 dias, os Estados Unidos irão implementar "direitos aduaneiros secundários", ou seja, contra os aliados de Moscovo, ameaçou o presidente norte-americano.

Leia Também: Trump ameaçou e Moscovo já respondeu: "A Rússia não se importa"

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas