"Obviamente que nem o BCP, nem nenhum dos meus colegas se pronuncia. Não nos compete. A única coisa [sobre a qual posso falar] é o currículo do governador indigitado, que fala por si. Não carece de considerações, é suficientemente sólido", afirmou Miguel Maya, em reposta aos jornalistas, em Oeiras, Lisboa, após a apresentação dos resultados do banco.
Na passada quinta-feira, quando confirmou a não recondução de Centeno e anunciou a escolha de Álvaro Santos Pereira, o ministro da presidência, António Leitão Amaro, considerou ser uma "melhor escolha" do que a manutenção do ex-ministro das Finanças e elogiou a Santos Pereira a "independência política", distinguindo a sua experiência governativa de há uma década da passagem direta de Centeno de ministro das Finanças para o cargo de governador.
O mandato de Centeno terminou no dia 19 de julho, mas o executivo de Luís Montenegro só anunciou o sucessor após essa data.
O PSD e o CDS elogiaram escolha do novo governador. O Chega considerou ser um nome independente. A IL manifestou dúvidas. O PS considerou que a não recondução se deveu a razões políticas. O BE criticou por ser um nome próximo do Governo. O Livre, o PCP e o PAN contestaram a escolha de governante do período da 'troika'.
Já sobre a futura sede do BdP em Entrecampos, com um investimento estimado de 192 milhões de euros, Miguel Maya referiu que o BCP é "completamente alheio", mostrando-se ainda completamente esclarecido com as informações prestadas pelo governador Mário Centeno.
"Não merece dois minutos de atenção. Estou cabalmente esclarecido", insistiu.
Leia Também: Tarifas? EDP Renováveis com "impacto limitado" no negócio americano