Na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro semestre, em que o banco público somou lucros de 893 milhões de euros, o presidente executivo, Paulo Macedo, afirmou que a venda está apenas dependente da decisão do Banco de Cabo Verde.
"O Banco de Cabo Verde disse que iria dar a sua resposta brevemente, portanto isso não depende de nós, achamos que está para breve", referiu.
Em março de 2024, a CGD anunciou a venda da participação maioritária (59,81% do capital social do BCA) à Coris Holdings, do Burkina Faso.
A venda, por 70,5 milhões de euros, depende de formalidades de direito cabo-verdiano, nomeadamente, do parecer do banco central do arquipélago.
Em abril, o governador do BCV disse que o processo de análise estava "na reta final" e que deveria haver uma decisão "em meados de maio", referindo que o BCV está a cumprir as datas a que a lei obriga.
A decisão ainda não foi anunciada.
A alienação faz parte do plano de reorganização da atividade internacional da CGD, que vai continuar presente em Cabo Verde através do Banco Interatlântico.
Um outro processo abordado foi a venda da participação no Banco Caixa Geral - Brasil, Paulo Macedo, em que o banco voltou "a ter entidades interessadas".
"Voltámos a ter entidades interessadas e, portanto, gostaríamos de retomar o processo, que, como sabem, tem todo um conjunto de questões processuais antes de se chegar à fala com eventuais interessados", referiu.
O Governo português tinha aprovado em maio de 2021 o relançamento da venda do banco, depois de ter falhado o primeiro processo de alienação.
Em 2023, Paulo Macedo referiu que o Conselho de Ministros recomendou o cancelamento da venda e que a CGD estava a preparar-se para "resolver os problemas do banco".
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