O Sporting encerrou o estágio de pré-época em Lagos, esta segunda-feira, com um triunfo frente ao Sunderland (1-0), naquele que foi mesmo o único motivo para sorrir durante toda a aventura no Algarve. De resto, registaram-se dois empates e uma derrota.
Uma nota comum a todos os jogos realizados fora de Alcochete passou pela curta eficácia ofensiva dos leões, numa altura em que Rui Borges procura 'reinventar' uma fórmula de sucesso nos bicampeões nacionais, agora sem Viktor Gyokeres.
O avançado sueco enfrenta um processo disciplinar imposto por Frederico Varandas, presidente do clube de Alvalade, há mais de uma semana, após se ter recusado a juntar à comitiva verde e branca, atendendo ao longo (e mediático) impasse das negociações com o Arsenal. Há uma espécie de 'dependência' da veia goleadora do nórdico que terá de ser, forçosamente, 'quebrada', na perspetiva leonina.
Entre os 30 jogadores convocados por Rui Borges, apenas dois - Geny Catamo e Francisco Trincão - conseguiram 'faturar', com a particularidade de ambos os avançados terem festejado esta segunda-feira, primeiro diante do recém-despromovido Farense (1-1) e só depois frente ao recém-promovido à Premier League. É caso para dizer que este Sporting 'trinca' pouco e precisa mesmo de um Geny (o) - curiosamente num dia em que terá sido assegurado 90% do passe do internacional moçambicano, junto do Amora.
Um dia nulo, outro 'tremido'
O Sporting partiu para o estágio no Algarve no passado dia 12 de julho, em ambiente de boa disposição, apesar das polémicas em torno do futuro de Viktor Gyokeres. Se a sua ausência não afetou a relação interna entre jogadores, o mesmo não se poderá dizer do rendimento desportivo.
Em dias distintos com duplos compromissos, os bicampeões nacionais começaram por ceder um empate frente ao Portimonense (0-0), na passada quarta-feira, num dia em que ainda somaram a primeira derrota da pré-temporada, aos pés do Celtic (0-2). Entre o 4x4x2 e o 4x2x3x1, as dificuldades estiveram à vista.
Cinco dias depois, o Sporting não conseguiu ir além de uma igualdade frente ao Farense (1-1) e, em modo híbrido, seguiu-se a primeira vitória na hora de dizer 'adeus' ao estágio algarvio, diante do Sunderland (1-0), marcado pelas cruciais defesas de Rui Silva a impedir 'males maiores' para a sua equipa.
Com Zeno Debast em destaque no centro da defesa, o conjunto verde e branco deparou-se com muitas dificuldades na ligação ao ataque, sobretudo nos corredores laterais, em jogos onde Francisco Trincão tentou destacar-se como uma espécie de '10' dos leões, no apoio a Conrad Harder.
O capitão Morten Hjulmand - que beneficiou do regresso de Hidemasa Morita - ainda foi 'liderando as tropas' como tão bem sabe, mas vários foram os momentos de 'apagão geral'. Para além dos reforços Giorgi Kochorashvili e Alisson Santos, muitos jovens jogadores foram lançados por Rui Borges, mas há claramente várias arestas para limar, numa pré-época em que, em Alcochete, o Sporting havia goleado a equipa B (5-2), seguindo-se um triunfo frente ao Torreense (1-0) e um empate diante do Nacional (1-1), na primeira quinzena de julho.
O que se segue?
De volta a Lisboa, o Sporting vai virar as atenções para a disputa do Troféu Cinco Violinos, diante do Villarreal, já esta sexta-feira, num duelo que será disputado no Estádio Nacional do Jamor, a partir das 19h30 (horário de Portugal Continental), enquanto prosseguem as obras no Estádio José Alvalade.
Só depois disso é que se seguirá o arranque oficial da temporada 2025/26, no próximo dia 31 de julho, com a final da Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao rival Benfica, naquele que será um regresso ao Estádio do Algarve.
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