O Benfica ficou a saber esta segunda-feira, que irá defrontar o Nice na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, já depois de medir forças com o Sporting, na disputa da Supertaça Cândido de Oliveira, no próximo dia 31 de julho.
Se alguns adeptos 'esfregaram as mãos' por verem o clube da Luz 'fintar' o Fenerbahçe (de José Mourinho), outros 'temeram' aquela que foi uma das sensações da Ligue 1 na época passada, pelo que a ideia de um sorteio 'Nice' não foi extensível a todos os simpatizantes das águias.
Aliás, Mário Branco, novo diretor geral do Benfica, considerou que, "entre os adversários disponíveis", o emblema de França surge como "o mais desafiante em termos desportivos", não hesitando em deixar elogios ao adversário na luta pelo playoff.
"Tem um plantel interessante, uma mescla muito completa de jogadores jovens com jogadores também mais experientes. É uma equipa que vem também das 'Big Five', uma das ligas mais importantes da Europa, mas obviamente vamos encarar com o otimismo possível", vincou, em declarações à BTV.
Sensação em França
Numa batalha europeia até ao último suspiro, o Nice alcançou um interessante quarto lugar na Ligue 1, tendo ficado a apenas um ponto do pódio (de acesso direto à Liga dos Campeões) e três pontos acima da vaga da Liga Conferência Europa. Em igualdade pontual com o Lille (60 pontos), a vaga de qualificação para a Champions sorriu mesmo ao Nice, que viu o seu adversário direto a apurar-se diretamente... para a Liga Europa.
Para recordar a última vez que o Nice jogou a Liga dos Campeões é preciso recuar até 1959/60, quando a competição até era designada por Taça dos Campeões Europeus, sendo que, depois disso, o clube fundado também em 1904 (à semelhança do Benfica) apenas esteve na luta por um lugar na fase regular da prova em 2017/18 - nessa altura, eliminou o Ajax (agregado de 3-3) na terceira pré-eliminatória e foi travado pelo Napoli (agregado de 4-0) no playoff.
Avaliando o plantel atual, o Nice não reúne nomes propriamente conhecidos, mas vale a pena destacar jogadores como Melvin Bard, Terem Moffi, Hicham Boudaoui, Mohamed-Ali Cho e Evann Guessand, sendo que este último destacou-se como o goleador da equipa (13 golos) na passada temporada. Afinal, foi ou não um sorteio 'Nice' ('agradável' em português) para o Benfica?
Um histórico para 'alinhar chakras'
Num curto histórico de três confrontos, o Benfica bateu o Nice (2-1 após prolongamento), na luta pela medalha de bronze da Taça Latina, em 1956, seguindo-se apenas dois duelos particulares, já no presente século. No verão de 2013, a equipa na altura liderada por Jorge Jesus venceu os franceses por 2-1, até que, nove anos depois, já sob a liderança de Roger Schmidt, os encarnados registaram um triunfo por 3-0, sendo que ambos os jogos foram disputados no Estádio do Algarve.
Tendo por base o historial do Benfica frente a clubes franceses, 'espelhado' em 39 duelos, quase metade acabou em sorriso vermelho e branco (19), com o registo de 11 empates e nove derrotas. A última experiência, frente ao AS Monaco, na passada temporada, foi altamente sorridente, quer na fase de liga (2-3), quer no playoff de acesso aos 'oitavos' (agregado de 4-3).
Recorde-se que o Benfica mede forças com o Sporting já no próximo dia 31 de julho, na final da Supertaça Cândido de Oliveira, disputada no Algarve, seguindo-se uma viagem até França (5 ou 6 de agosto) e só depois a receção ao Nice (12 ou 13 de agosto), com o arranque da I Liga, pelo meio, frente ao Rio Ave, no Estádio da Luz (no fim de semana de 9 e 10 de agosto).
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