Brilhante Dias diz que autarca de Loures não transmitiu "empatia e socialismo"

O líder parlamentar do PS reconheceu hoje que o presidente da câmara de Loures não transmitiu "empatia e socialismo" no caso da demolição de barracas, um episódio que não põe em causa os pilares socialistas.

dirigente socialista Eurico Brilhante Dias

© Global Imagens

Lusa
15/07/2025 22:52 ‧ ontem por Lusa

Política

PS

evidente que nenhum socialista, aliás, nenhum português, terá ficado muito satisfeito, tendo alguma empatia, com as imagens que viu nos meios de comunicação social, mas percebe hoje que as autarquias estão a enfrentar um problema, que é um problema grave, que precisa que o Governo", respondeu Eurico Brilhante Dias aos jornalistas à entrada da comissão política nacional do PS, em Lisboa.

 

Subscrevendo as declarações do secretário-geral do PS à Lusa sobre o episódio da demolição das barracas em Loures, para o líder parlamentar socialista qualquer autarca, incluindo os socialistas, "tem que olhar para este problema com humanismo, empatia e sensibilidade social, e essa marca tem que transparecer".

Questionado sobre se tinha faltado isso a Ricardo Leão, Brilhante Dias começou por referir que conhece o presidente da câmara de Loures "se calhar mais de 30 anos" e "todo o seu esforço para tornar o território que administra o melhor território possível para as pessoas que vivem em Loures".

"Reconheço nele a empatia e o socialismo. Nem sempre é essa a perceção que passa, e desta vez, aparentemente, não foi essa a perceção que passou", apontou.

Sobre a carta aberta que de deputados e ex-governantes do PS indignados com "demolição de princípios e de barracas", o líder parlamentar do PS considerou que "este é um episódio particular" e "os pilares do Partido Socialista, felizmente, são tão fundos que têm mais de 50 anos".

Quanto à eventualidade desta situação poder pôr em causa o apoio do PS nas autárquicas a Ricardo Leão, Brilhante Dias assegurou que esse apoio não está causa.

"O Ricardo Leão é um autarca que não se avalia por um episódio como este, avalia-se por muitos dias e meses de trabalho ao serviço da comunidade", apontou.

A autarquia de Loures, presidida pelo socialista Ricardo Leão, iniciou na segunda-feira uma operação de demolição de 64 habitações precárias, onde vivem 161 pessoas, no Talude Militar.

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa aceitou entretanto, provisoriamente, uma providência cautelar interposta por uma advogada em representação de 14 moradores do bairro.

O tribunal considera "verificada a situação de especial urgência", decretando a notificação da sua decisão "de imediato e da forma mais expedita", e recorda ainda que "o processo cautelar é um processo urgente", dando ao município um prazo de 10 dias para contestar a decisão, "sem prejuízo do despacho".

Leia Também: Socialistas indignados com "demolição de princípios e de barracas"

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