Carlos Moedas diz que escolha em Lisboa é "entre moderação e radicalismo"

O atual presidente da Câmara de Lisboa e cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP/IL nas próximas eleições autárquicas afirmou hoje que não se candidata contra ninguém e defendeu que a escolha é entre moderação e radicalismo.

Carlos Moedas presidente da Câmara de Lisboa

© Global Imagens

Lusa
16/07/2025 19:46 ‧ ontem por Lusa

Política

Autárquicas

uma escolha simples, mas com enormes consequências: entre a moderação, a moderação que sonha e que faz, e o radicalismo, o radicalismo que já conseguiu minar grande parte do PS e que tanto prejudicou o país, e que agora querem trazer este modelo falido para a nossa Lisboa", declarou Carlos Moedas, na apresentação da sua candidatura, designada 'Por ti, Lisboa'.

 

Numa sala cheia com cerca de três centenas de pessoas, na Estufa Fria, em Lisboa, Carlos Moedas começou por agradecer a presença do primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, e da antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite, que apoiaram a sua candidatura nas autárquicas de 2021.

O social-democrata agradeceu também aos três partidos que formaram a coligação, a começar pelo PSD, o seu partido de sempre, seguindo-se o CDS-PP, classificado como "o amigo sempre fiel", e a IL "pela coragem" de ser parceira, pela primeira vez, numa candidatura à Câmara de Lisboa, "com energia renovada".

Também estiveram presentes o secretário-geral da IL, Miguel Rangel, e o antigo presidente do CDS-PP Paulo Portas, assim como vários ministros do atual Governo PSD/CDS-PP, incluindo o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e a ministra da Justiça, Rita Júdice.

Recebido com o aplauso de todos os presentes, Carlos Moedas afirmou que o propósito da sua recandidatura à Câmara de Lisboa é, tal como em 2021, servir os lisboetas com uma visão centrada nas pessoas e nos seus problemas, da habitação à mobilidade, reforçando que não é em quatro anos que se resolvem "problemas criados ou não resolvidos em 14 anos", sob a anterior gestão PS.

"Sei que ainda posso dar muito aos lisboetas. [...] Não me candidato contra ninguém. Candidato-me por ti, Lisboa. Por ti, lisboeta", afirmou.

O social-democrata destacou os quatro anos de governação PSD/CDS-PP com os transportes públicos gratuitos para jovens e idosos, um plano de saúde para os mais idosos e uma Fábrica de Unicórnios, assim como investimentos na higiene urbana, na redução do número de pessoas a viverem na rua e na abertura de novos espaços na área da cultura.

"Neste mandato, desbloqueámos 250 hectares de cidade que estavam abandonados e iremos iniciar a criação de novos bairros lisboetas entre o público, o privado e o setor social", indicou, referindo-se, por exemplo, ao Vale de Santo António, que terá 2.400 novas casas e um parque verde de oito hectares, e ao Vale de Chelas, com 2.000 novas casas e 65 hectares de espaços verdes.

Sublinhando que o PS construiu, durante uma década, em média 17 habitações públicas por ano, Carlos Moedas referiu que o atual executivo entregou 2.600 chaves e ajudou 1.200 famílias a pagar a renda, totalizando o apoio a quase 4.000 famílias em quatro anos.

Se for reeleito presidente da câmara, uma das prioridades será "criar projetos de habitação dedicados aos mais jovens", nomeadamente nos bairros históricos de Alfama, Mouraria, Graça, Bairro Alto, Madragoa, Bica e Castelo.

Na área da mobilidade, estão projetos já anunciados como o novo elétrico 16 do Terreiro do Paço ao Parque Papa Francisco, ligando Lisboa a Loures, e o novo metrobus que vai ligar Benfica e Alcântara a Oeiras, mantendo-se o objetivo de Lisboa ser uma das primeiras 100 cidades neutrais em carbono na Europa até 2030, 20 anos antes das metas da União Europeia.

Sobre a segurança, o social-democrata afirmou que não se pode tolerar que mulheres, em particular mulheres jovens, digam que se sentem inseguras em certas zonas da cidade, afirmando que a responsabilidade por esta área é do Governo, com quem trabalhará em conjunto para um plano de segurança específico, destacando a necessidade de "mais polícia na rua".

Por considerar que "proteger a alma de Lisboa não é só preservar tradições", Carlos Moedas defendeu o combate ao comércio ilegal, "sem medos", desde a venda ilegal na rua às "lojas fictícias que cada vez mais servem de dormitórios para a imigração ilegal", indicando que a câmara quadruplicou as apreensões de venda ambulante e duplicou a fiscalização de comércios ilegais.

"Não vamos tolerar quem faz da imigração ilegal um negócio. Lisboa é uma cidade aberta, mas com regras que todos têm de cumprir", frisou.

O atual presidente da Câmara anunciou na sexta-feira que se iria recandidatar nas eleições autárquicas de 12 de outubro.

Na terça-feira, foi anunciado o acordo para uma coligação entre PSD, CDS-PP e IL a Lisboa, após meses de negociações.

Além da recandidatura de Carlos Moedas, foram já anunciadas as candidaturas de Alexandra Leitão (PS), João Ferreira (CDU), Carolina Serrão (BE), Ossanda Líber (Nova Direita), José Pinto Coelho (Ergue-te), Bruno Mascarenhas (Chega) e José Almeida (Volt) à presidência da Câmara de Lisboa.

No atual mandato (2021-2025), Carlos Moedas governa Lisboa sem maioria absoluta, após ter sido eleito pela coligação 'Novos Tempos' - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, que conseguiu sete mandatos entre os 17 que compõe o executivo.

O atual executivo integra também sete eleitos da coligação 'Mais Lisboa' - PS/Livre, dois da CDU (coligação PCP/PEV) e um do BE.

[Notícia atualizada às 20h53]

Leia Também: "Generosidade". Moedas atribui Medalha de Honra a Manuela Eanes

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