"A três meses das eleições, Carlos Moedas corre ao Ministério da Administração Interna para fazer o que não fez em tempo útil e para corresponsabilizar terceiros", publicou a candidata socialista na rede social X (antigo Twitter).
Em causa está uma reunião realizada esta manhã entre o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e a ministra da Administração Interna (MAI), Maria Lúcia Amaral, a qual tinha sido pedida em 09 de junho "com caráter de urgência" para discutir "respostas para os problemas de segurança que a cidade enfrenta".
No final da reunião, em declarações aos jornalistas, Carlos Moedas anunciou que a autarquia e o Governo vão delinear um plano de segurança específico para a cidade, não havendo ainda data para a sua concretização.
"Vamos estabelecer um plano de ação específico para Lisboa e eu penso que é muito importante, mostra a visão da ministra e mostra também o reconhecimento daquilo que é a situação de Lisboa", afirmou o autarca eleito pela em 2021 pela coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).
No entanto, para Alexandra Leitão esta reunião com o MAI foi uma "encenação", uma vez que foi divulgado um plano "sem prazo, sem calendário e sem medidas".
"Fala muito de segurança, mas não agiu quando teve oportunidade", criticou.
Para a antiga líder parlamentar do PS, "Lisboa precisa de medidas concretas", nomeadamente "mais agentes da polícia municipal, mais e melhor iluminação pública", a instalação de toda a videovigilância "já licenciada" e a regulação da "vida noturna".
"Lisboa precisa de quem faça, não de quem finja que vai fazer", afirmou a candidata socialista.
Além de Alexandra Leitão, foram, até agora, anunciadas as candidaturas de João Ferreira (CDU), Carolina Serrão (BE), Ossanda Líber (Nova Direita), José Pinto Coelho (Ergue-te) e Bruno Mascarenhas (Chega) à presidência da Câmara de Lisboa nas autárquicas de 12 de outubro.
Carlos Moedas ainda não confirmou uma recandidatura à presidência da Câmara de Lisboa.
No atual mandato (2021-2025), o social-democrata Carlos Moedas governa Lisboa sem maioria absoluta, após ser eleito pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.
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