Cerca de 90% do perímetro do incêndio de Sabrosa está já dominado, havendo "apenas uma frente ativa neste momento a apresentar alguma preocupação", de acordo com Miguel Fonseca, o responsável pelo comando sub-regional do Douro da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O comandante, que destacou "a forma positiva como decorreram os trabalhos durante a noite", fez esta manhã um ponto de situação de combate a este incêndio, explicando que há ainda "vários pontos quentes" e que a principal dificuldade tem a ver com os acessos.
No combate ao fogo continuam a estar empenhados 233 operacionais, apoiados por 77 veículos e está prevista a ajuda de um meio aéreo a partir das 8h30.
"Temos já planeado para, logo que possível, a entrada de um meio aéreo pesado para fazer este apoio ao combate no terreno para que possamos, assim que possível, ter este incêndio dominado", afirmou aos jornalistas o comandante Miguel Fonseca.
O responsável da Proteção Civil adiantou ainda que, embora se preveja a "intensificação do vento" a partir das 11 horas, a expectativa é de que as "condições meteorológicas sejam diferentes do dia anterior" e permitam dominar o incêndio.
"Tendo em conta a grande área deste incêndio e a grande descontinuidade com que as frentes se foram desenvolvendo, nós temos vários pontos quentes, todos eles com meios terrestres em trabalhos de consolidação e rescaldo, que irão decorrer durante todo o dia e o que temos planeado é não alterar o efetivo de operacionais que temos nesta ocorrência", salientou Miguel Fonseca.
O objetivo é ter o incêndio dominado e ter consolidado todos os pontos quentes e fechar a ocorrência até ao fim do dia.
Na quarta-feira, o vento forte e inconstante foi a grande dificuldade no combate a este fogo, que teve um início com bastante intensidade numa zona de floresta.
Sobre o dia de ontem, assegurou que o objetivo de proteção de bens, habitações e pessoas foi "atingido com sucesso" e garante: "Nenhuma habitação [foi] atingida e nem sequer afetada, como também nenhuma infraestrutura não habitada. Por isso não há habitações a registar com danos materiais."
Para este incêndio chegaram a estar mobilizados durante a noite cerca de 370 homens, apoiados por cerca 115 viaturas, entre bombeiros, GNR, Força Especial de Bombeiros, Cruz Vermelha, INEM. Durante a tarde operaram oito meios aéreos.
A presidente da Câmara de Sabrosa tinha dito esta quarta-feira à noite que, por causa do incêndio, os habitantes das pequenas aldeias de Delegada e Vale das Gatas iam ser retirados por precaução e levados para o pavilhão multiusos, mas isso não aconteceu.
Naquelas localidades habitam entre cerca de 50 a 60 pessoas, sobretudo idosos, segundo Helena Lapa.
O fogo que teve início pelas 13h30, na zona de Feitais, desceu depois para Souto Maior, queimando mato e pinhal e, pelas 20h00, tinha sete frentes ativas em quatro zonas diferentes.
[Notícia atualizada às 09h00]
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