Homem viola menor em loja onde trabalha em Torres Vedras

Suspeito, de 24 anos, foi colocado em prisão preventiva após as autoridades recolherem provas que o indiciam fortemente do crime de violação de um menor, de 13 anos, em Torres Vedras.

sede de lisboa da PJ, PJ, polícia judiciária

© Shutterstock

Natacha Nunes Costa
16/07/2025 09:26 ‧ ontem por Natacha Nunes Costa

País

Pedofilia

Um homem de 24 anos foi detido por suspeitas de ter violado um menor, de 13 anos, no passado dia 13 de julho, num estabelecimento comercial de Torres Vedras, revelou a Polícia Judiciária (PJ) , num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, esta quarta-feira, 16 de julho.

 

De acordo com os inspetores, a violação foi levada a cabo com "recurso a força física" e sob ameaça de uma “arma branca”.

Acrescenta a PJ na mesma nota que o suspeito levou a criança a entrar no estabelecimento comercial, onde trabalha, para depois cometer o crime.

O menor acabou por relatar os factos à mãe, que o levou até à unidade hospitalar local e de onde foi, posteriormente, encaminhado para um hospital de referência, em Lisboa, onde, após vários exames, os profissionais de saúde confirmaram a violação.

Após ter sido apresentada queixa, as autoridades efetuaram várias diligências investigatórias no local onde ocorreu o crime, assim como recolha de prova, por parte do Laboratório de Polícia Científica da PJ, que permitiram obter prova material relevante, que "indicia fortemente o homem de 24 anos como autor da violação".

Ao ser presente a tribunal, para primeiro interrogatório judicial, o homem ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, a de prisão preventiva.

Recorde-se que a Assembleia da República (AR) aprovou, no passado dia 11 de julho, na generalidade, um projeto de lei do Bloco de Esquerda (BE) que consagra a violação como crime público com os votos a favor da maioria das bancadas parlamentares e de doze deputados socialistas.

AR aprova violação como crime público (com divisão na bancada do PS)

AR aprova violação como crime público (com divisão na bancada do PS)

O parlamento aprovou hoje, na generalidade, um projeto de lei do BE que consagra a violação como crime público com os votos a favor da maioria das bancadas parlamentares e de doze deputados socialistas.

Lusa | 15:09 - 11/07/2025

O diploma apresentado pela deputada Mariana Mortágua, que pretende que qualquer pessoa possa denunciar um crime de violação e não apenas a vítima, mereceu os votos a favor do PSD, Chega, IL, Livre, CDS-PP, BE, PAN e JPP, assim como de doze parlamentares do PS, incluindo o ex-secretário-geral Pedro Nuno Santos, enquanto os grupos parlamentares do PS e do PCP se abstiveram.

Apesar disso, nem todos concordam com a alteração da lei, para a associação Quebrar o Silêncio, que apoia rapazes vítimas de violência sexual, a proposta legislativa pode ter impacto no bem-estar, segurança e autonomia das vítimas.

Associação de apoio a rapazes alerta para riscos do crime público de violação

Associação de apoio a rapazes alerta para riscos do crime público de violação

A associação Quebrar o Silêncio, que apoia rapazes vítimas de violência sexual, alertou para potenciais riscos da proposta legislativa que torna a violação num crime público, alertando para o seu impacto no bem-estar, segurança e autonomia das vítimas.

Lusa | 15:40 - 11/07/2025

"Transformar o crime de violação num crime público pode afastar ainda mais homens e mulheres sobreviventes dos serviços de apoio. Pode ser mais uma porta que se fecha", afirmou o fundador e presidente da Quebrar o Silêncio, Ângelo Fernandes, citado em comunicado.

O responsável argumentou que para proteger verdadeiramente as vítimas é preciso começar por escutá-las, respeitar os seus tempos e garantir que a justiça está do seu lado, considerando que, embora a medida possa parecer bem-intencionada, existem preocupações reais quanto ao impacto que poderá ter no bem-estar, segurança e autonomia das vítimas.

A associação defende que é essencial garantir que nenhuma vítima é forçada a passar por um processo judicial traumático para o qual não está preparada, lembrado que o momento da denúncia é profundamente pessoal e deve ser respeitado.

Leia Também: Associação de apoio a rapazes alerta para riscos do crime público de violaçã

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