Três homens, com idades de 21, 24 e 47 anos, foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) como sendo os "presumíveis autores do incêndio florestal", que ocorreu na madrugada de 25 de junho, no Monte da Azinheira, em Nossa Senhora da Neves, Beja.
De acordo com um comunicado enviado às redações, a PJ dá conta de que o "incêndio foi provocado com recurso a chama direta inicialmente numa zona predominantemente rural, com o solo ocupado por um olival e vegetação de crescimento espontâneo, com dois focos de incêndio a ser detetados na berma da estrada EM1045", onde nas imediações existem diversas habitações que estiveram em risco.
"Os elementos probatórios recolhidos permitiram identificar os três suspeitos, não tendo sido, no entanto, possível identificar qualquer motivação racional ou explicação plausível para a atuação criminosa, apenas que se alicerça num forte quadro de alcoolismo", pode ler-se.
A PJ informa ainda que os três suspeitos foram detidos em flagrante delito e que irão ser presentes às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.
O que deve fazer em caso de incêndio?
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) deixou alguns conselhos às pessoas sobre o que fazer em caso de fogo.
De acordo com a partilha da Proteção Civil, se estiver próximo de um incêndio deve "ligar de imediato para o 112 (número de emergência). Nota ainda que "se não correr perigo e tiver vestuário adequado (roupa de manga comprida, botas e luvas), tente extingui-lo [o incêndio] com pás, enxadas ou ramos".
Pede também para que "não prejudique a ação dos Bombeiros, Sapadores Florestais e outras forças de socorro" e para que as instruções que forem dadas sejam seguidas.
Caso tenha viaturas em caminhos de acesso ao incêndio, devem também ser retiradas. E, caso note "a presença de pessoas com comportamentos de risco, informe as autoridades".
De notar que, no dia de ontem, domingo, vários concelhos de Portugal continental, sendo a maioria no interior, estiveram em perigo máximo de incêndio rural devido às temperaturas quentes.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou ainda em risco muito elevado e elevado quase todos os concelhos dos 18 distritos do continente.
Recorde-se que, no ano de 2024, a área que ardeu foi a maior dos últimos seis anos, tendo ardido mais de 14.000 hectares que resultaram de 735 incêndios.
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