Recriadora histórica morre após acidente com pólvora em Boticas

A deflagração de pólvora negra aconteceu no dia 28 de junho, nos bastidores da reconstituição das Invasões Francesas, um evento que junta o município de Boticas, a Associação Napoleónica Portuguesa e a empresa WilCôa, Lda.

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Lusa
08/07/2025 10:38 ‧ há 6 horas por Lusa

País

Vila Real

Uma mulher de 52 anos que ficou ferida num incidente com pólvora durante uma recriação histórica que aconteceu a 28 de junho, em Boticas, acabou por morrer no hospital, confirmou hoje Paulo Martinho, da empresa WilCôa.

 

A deflagração de pólvora negra aconteceu no dia 28 de junho, nos bastidores da reconstituição das Invasões Francesas, um evento que junta o município de Boticas, a Associação Napoleónica Portuguesa e a empresa WilCôa, Lda.

Em consequência, duas pessoas ficaram feridas, uma mulher de 52 anos e um homem de 64, que foram transportados para um hospital na zona do Porto e, depois, reencaminhados para o São José, em Lisboa, mais próximos da sua área de residência.

Paulo Martinho confirmou à agência Lusa que a mulher acabou por morrer na segunda-feira, no hospital.

Depois do incidente, este responsável tinha referido que os feridos eram recriadores históricos e que ambos tinham uma experiência de mais de uma década no manuseamento de peças de artilharia.

A vítima mortal era de Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa, era ainda dirigente associativa e militante comunista e, por isso, através das redes sociais tanto a Associação Cultura e Recreio 13 de Setembro como a CDU deixaram palavras de pesar e de consternação.

O outro ferido ainda se encontra hospitalizado, onde continua em tratamento.

Paulo Martinho descreveu a situação que aconteceu em Boticas como "inédita" e explicou que "não houve nenhuma explosão" mas "simplesmente uma ignição dentro da caixa" onde estavam cargas de pólvora negra para serem disparadas no canhão.

Essa caixa de madeira ardeu, sem causas identificadas e, por isso, na altura o responsável disse que se quer apurar o que aconteceu, mas sem que tenha havido novidades até ao dia de hoje.

"E queremos perceber o que é que aconteceu para futuramente evitarmos este tipo de situações e estamos a articular isso com o município de Boticas, com a Associação Napoleónica Portuguesa, que coordena tudo o que é recriação de época do século XIX, das invasões francesas em Portugal e que tem muitas dezenas de associados que quase semanalmente lidam com pólvora e armas do século XIX", referiu então.

A caixa com a pólvora estava à sombra, mas o dia foi muito quente em Boticas, no norte do distrito de Vila Real, tal como praticamente em todo o país.

Depois do incidente, a Lusa contactou o Comando da GNR de Vila Real que disse que os militares estiveram no local e recolheram informação sobre o incidente, que foi remetida para o Ministério Público e para a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

A Guarda confirmou ainda, junto da PSP, que as vítimas estavam habilitadas com a licença de uso e porte de arma dos artefactos em causa, havendo ainda autorização legal para a aquisição da pólvora negra.

Leia Também: Pelo menos 45 feridos em explosão numa bomba de gasolina em Roma

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