A Polícia Judiciária está a realizar buscas na Universidade do Porto por suspeitas de corrupção que envolvem altos quadros da instituição, avança a CNN.
Segundo esta estação televisiva, trata-se de uma operação levada a cabo pela PJ, Ministério Público do Porto e a Procuradoria Europeia e que está a ser realizada nesta manhã de terça-feira.
Em causa está uma operação de combate à corrupção e à fraude na obtenção de subsídios, relacionados com os fundos do PRR.
O Notícias ao Minuto já tentou confirmar a informação junto da Polícia Judiciária, tendo esta entidade remetido mais detalhes sobre a operação para mais tarde.
No esquema estarão envolvidos responsáveis de empresas privadas, pela venda, e dirigentes de instituições do Estado, pela aquisição, de sistemas informáticos.
O erário público e a União Europeia terão sido lesados em largas dezenas de milhões de euros a sequência desta situação.
No âmbito desta mesma operação, também a sede do INEM e do Banco de Portugal estão a ser alvo de buscas.
INEM e Universidade do Porto confirmam buscas
Em comunicado remetido à Lusa, o INEM confirmou "a presença da Polícia Judiciária nas instalações do Instituto em Lisboa, no âmbito de um processo de investigação que envolve outras entidades".
"O INEM encontra-se, naturalmente, a colaborar com as Autoridades, disponibilizando toda a informação solicitada", conclui.
Também a Universidade do Porto (U.Porto) avançou que a presença da Polícia Judiciária (PJ) nas suas instalações está relacionada com um processo de cartelização por aquisição de material informático, do qual esta instituição "estaria a ser vítima".
"A Universidade do Porto está a colaborar ativamente com o trabalho das autoridades e absolutamente empenhada no total esclarecimento de todos os factos relacionados com este processo, admitindo constituir-se como assistente no processo caso venham a ser deduzidas acusações contra algum dos seus funcionários", refere.
A operação incide no norte, onde a investigação teve início, mas também na grande Lisboa - onde estão sedeados os polos industriais que vendem serviços de software e de hardware informático.
Mais de 300 inspetores estarão envolvidos nesta operação.
[Notícia atualizada às 11h11]
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