Kyiv confirma ataque que cortou fornecimento de petróleo russo à Hungria

As forças ucranianas confirmaram hoje o seu envolvimento num ataque que interrompeu o fornecimento de petróleo russo através do oleoduto Druzhba, situação que gerou críticas por parte do Governo húngaro, afetado pela ofensiva.

bandeira ucraniana

© Getty Images

Lusa
18/08/2025 19:07 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia revelou, em comunicado, que executou um ataque a uma estação de bombeamento de petróleo na região russa de Tambov (oeste), especificamente na cidade de Nikolskoye. O bombardeamento causou um incêndio na instalação.

 

Kyiv sustentou que estas instalações fazem parte da "infraestrutura económica" de Moscovo e facilitam o fornecimento às tropas posicionadas em território ucraniano, e, por isso, considera-as um alvo legítimo.

O Estado-maior ucraniano indicou ainda que vai continuar os seus esforços para limitar o "potencial económico-militar" da Rússia e conter a sua agressão contra a Ucrânia.

Antes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjártó, classificou como inaceitável o que considera ser um ataque à sua própria segurança energética.

Para Szijjártó, quer Kyiv, quer Bruxelas, têm "tentado arrastar a Hungria para a guerra na Ucrânia" há mais de três anos, um objetivo dentro do qual enquadra este tipo de incidentes.

"Deixem-me ser claro: esta não é a nossa guerra. Não temos nada a ver com ela e, enquanto estivermos no comando, a Hungria estará fora dela", frisou, em linha com a posição defendida na altura pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, um dos poucos líderes europeus que não rompeu laços com a Rússia, apesar da invasão da Ucrânia.

Após as queixas de Budapeste, o Governo ucraniano recomendou à Hungria que direcione as queixas para Moscovo.

"Peter, foi a Rússia, e não a Ucrânia, que iniciou esta guerra e se recusa a terminá-la", respondeu o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrí Sibiga, numa mensagem na rede social X do homólogo húngaro.

"Há anos que a Hungria ouve dizer que Moscovo é um parceiro pouco fiável. Apesar disso, a Hungria não tem poupado esforços para manter a sua dependência da Rússia, mesmo após o início da guerra em grande escala", continuou Sibiga.

"Agora pode enviar as suas queixas - e ameaças - para Moscovo", concluiu.

Leia Também: "Podemos terminar a guerra". Trump e Zelensky estão em reunião

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