A investigação visa determinar se James e a sua equipa abusaram da sua autoridade e violaram os direitos legais de Trump ao processá-lo, assim como às suas empresas, em 2022, noticiou a NBC News, citando três fontes próximas do caso.
O Departamento de Justiça está também a investigar se a Procuradoria-Geral de Nova Iorque violou os direitos da principal organização pró-armas do país, National Rifle Association (NRA), que também processou em 2020.
Um porta-voz da Procuradoria-Geral afirmou num comunicado que "qualquer utilização indevida do sistema judicial deve preocupar todos os americanos".
"Apoiamos firmemente o nosso litígio bem-sucedido contra a Trump Organization e a NRA e continuaremos a defender os direitos dos nova-iorquinos", adiantou.
Citado pelo The New York Times, o advogado de James, Abbe Lowell, afirmou que a investigação é "o exemplo mais descarado e desesperado da campanha de retaliação política do Presidente".
Em 2023, após uma ação judicial interposta pelo Ministério Público de Nova Iorque liderado por James, Trump foi considerado culpado de fraude recorrente na Trump Organization, por inflacionar os ativos da empresa para obter ganhos financeiros.
O juiz Arthur Engoron decidiu que Trump, dois dos seus filhos (Donald Jr. e Eric), a sua empresa e dois sócios eram responsáveis por anos de fraude e ordenou o cancelamento das suas licenças de operação no estado, resolvendo a principal acusação do caso e pondo em risco os rendimentos da família.
Trump teve ainda de pagar uma multa de mais de 500 milhões de dólares (430 milhões de euros.
A sua equipa de defesa recorreu da decisão do juiz.
No seu caso contra a NRA, James obteve uma condenação judicial por fraude civil contra Wayne LaPierre, antigo líder da associação, que foi destituído do cargo após a sentença.
Desde que Trump regressou à Casa Branca, James e outros procuradores democratas processaram o seu governo várias vezes pelas suas políticas.
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