Hamas diz estar "pronto para acordo" de libertação de prisioneiros

Em comunicado, publicado no Telegram, o Hamas alertou ainda "que ocupar a Cidade de Gaza é uma aventura que lhe vai sair caro e que não será fácil".

hamas, troca de reféns

© REUTERS/Hatem Khaled

Carolina Pereira Soares com Lusa
08/08/2025 15:49 ‧ ontem por Carolina Pereira Soares com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O grupo palestiniano Hamas afirmou esta sexta-feira, num comunicado publicado no Telegram e citado pela Al Jazeera, que "está pronto para um acordo abrangente de libertação de todos os prisioneiros da ocupação em troca do fim da guerra e da retirada das tropas" israelitas.

 

O Hamas considerou que tem mostrado flexibilidade nas negociações, através dos mediadores do Egito e do Qatar, com o objetivo de ter um acordo de cessar-fogo "bem sucedido".

Apesar disto, o grupo palestiniano deixou uma advertência ao primeiro-ministro israelita, sobre a possibilidade de alargamento da ofensiva de Telavive com a ocupação da Cidade de Gaza.

"Alertamos a ocupação [Israel] que ocupar a Cidade de Gaza é uma aventura que lhe vai sair caro e que não será fácil", continuou o comunicado, acrescentando que o Hamas não pretende render-se às forças de Israel. 

"Os planos e ilusões de Netanyahu vão falhar", concluiu o grupo palestiniano.

O gabinete de segurança de Israel aprovou na madrugada desta sexta-feira uma proposta do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.

Horas antes da reunião, Netanyahu disse à emissora norte-americana Fox News que o objetivo era ocupar toda a Faixa de Gaza, mas que não tencionava mantê-la ou governá-la, mas sim garantir um "perímetro de segurança".

Vários meios de comunicação israelitas, incluindo o de grande circulação Yedioth Ahronoth, afirmam que o que foi aprovado foi a ocupação total da Faixa de Gaza.

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Lusa | 13:12 - 08/08/2025

Em resposta, o Hamas disse que os "planos para ocupar a cidade de Gaza e de retirar os habitantes locais constitui um novo crime de guerra que o exército de ocupação pretende cometer contra a cidade e os seus quase um milhão de habitantes". E alertou ainda que , se Telavive expandir a ofensiva em Gaza, tal significa "sacrificar" os reféns que continuam lá retidos.

"Israel compreendeu que a extensão da agressão significa o sacrifício deles, revelando uma imprudência em relação à vida dos prisioneiros por objetivos políticos que já fracassaram", afirma o movimento islâmico, que ainda mantém 49 reféns, dos quais 27 são considerados mortos.

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O movimento de resistência islâmico Hamas avisou hoje que Israel prepara-se para cometer um "novo crime de guerra" com o seu plano de tomar o controlo da cidade de Gaza, "uma aventura criminosa que lhe custará caro".

Lusa | 12:37 - 08/08/2025

[Notícia atualizada às 16h11]

Leia Também: Famílias de reféns consideram ocupação de Gaza uma "irresponsabilidade"

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