"Conversei com os comandantes. Recebi relatos sobre a libertação de Andrivka e Kindrativka na região de Sumy, sobre as tentativas russas de contra-ataque e sobre as nossas novas medidas para libertar o território ucraniano", escreveu Zelensky após visitar o 225.º Regimento de Assalto Separado.
As duas localidades referidas pelo líder ucraniano foram capturadas pela Rússia na ofensiva que as tropas do Kremlin lançaram na primavera na região de Sumy, coincidindo com a retoma da maior parte do território que a Ucrânia controlava anteriormente em Kursk.
Ambas as povoações foram posteriormente recapturadas pelo Exército Ucraniano, que estabilizou a situação na região, onde Moscovo procurava estabelecer uma "zona tampão" para proteger o seu território, mas não conseguiu ainda expulsar as tropas russas das suas fronteiras.
Zelensky falou com os comandantes do regimento sobre questões como o fornecimento de armas e a formação de novos soldados e instrutores.
O Presidente ucraniano viajou para Sumy depois de também ter visitado os seus militares em Kharkiv esta semana, outra região na linha da frente que faz fronteira com a Rússia.
De acordo com o chefe do Exército Ucraniano, Oleksandr Sirsky, a Rússia perdeu cerca de 77 mil soldados em Kursk desde o início da invasão ucraniana, que apanhou há um ano Moscovo de surpresa.
No seu auge, as forças de Kyiv chegaram a ocupar cerca de 1.300 quilómetros quadrados de Kursk.
As visitas do Presidente ucraniano às unidades militares no nordeste do país acontecem numa fase em que os Estados Unidos desenvolvem contactos com as partes, embora sem avanços conhecidos.
O enviado especial dos Estados Unidos, Steven Witkoff, foi recebido hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin, mas o Kremlin apenas referiu que a conversa foi "muito útil e construtiva".
Na véspera, o Presidente norte-americano, Donald Trump, falou por telefone com o homólogo ucraniano e, segundo Zelensky, ambos abordaram novas sanções à Rússia e a cooperação militar entre Washington e Kyiv.
O líder da Casa Branca ameaçou com o agravamento de sanções à Rússia e sanções secundárias aos países que compram petróleo russo, com o objetivo de "secar" esta fonte essencial de receitas para a máquina de guerra de Moscovo.
Ao mesmo tempo, deu um ultimato ao Kremlin para que suspenda a ofensiva na Ucrânia e negoceie um cessar-fogo e o prazo expira na sexta-feira.
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