Uma égua colapsou nas ruas de Nova Iorque, nos Estados Estados, esta terça-feira, e acabou por morrer, gerando indignação, nomeadamente por parte de organizações de proteção animal.
De acordo com o The New York Post, a égua, de 15 anos, estava há seis semanas em Nova Iorque, onde puxava uma carruagem. Lady, como foi identificada, preparava-se para regressar ao estábulo quando colapsou no chão, numa rua do bairro de Hell's Kitchen, tendo morte imediata.
"Não pude deixar de ver os seus músculos a tremer e a língua a enrolar", disse Alex, de 26 anos, uma mulher que passava o local e que testemunhou o sucedido, em declarações ao jornal.
"Parecia completamente morta, quer dizer, os olhos estavam abertos e sem piscar", acrescentou, referindo que se juntou uma multidão à volta de Lady.
Segundo Christina Hansen, porta-voz dos condutores de carruagens locais, o animal, que era novo na cidade e tinha feito duas viagens na tarde de terça-feira, já estava morto quando caiu no chão. No local, ainda tentaram reanimar Lady, mas sem sucesso.
Acredita-se que a égua terá sofrido um aneurisma ou um ataque cardíaco, o que será esclarecido após a realização de uma necropsia. O corpo do animal foi transportado para a Universidade de Cornell, onde deverá ser feito o exame.
Christina Hansen insistiu que a égua não estava sobrecarregada e tinha passado num exame veterinário em 12 de junho. "Foi realizado um exame físico completo na altura e não foram identificadas anomalias", disse, num comunicado citado pelo New York Post.
"Temos alguns dos regulamentos de transporte mais rigorosos do país. Estamos sob constante escrutínio porque trabalhamos em público e agora existem os smartphones", acrescentou ainda a responsável.
As imagens do sucedido rapidamente se propagaram nas redes sociais e as críticas não se fizeram esperar, com várias organizações de defesa animal a pronunciaram-se, como foi o caso da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), que defende que é "cruel" obrigar estes animais a "transportar cargas pesadas no trânsito e no calor".
Também Edita Birnkrant, diretora executiva da New Yorkers for Clean, Livable, and Safe Streets, pediu mudanças. "Os cavalos estão a desmaiar, a sofrer e a morrer repetidamente — e nada muda", apontou.
Além disso, o caso acontece quase três anos depois de um cavalo, com o nome Ryder, ter caído na cidade, acabando por ser abatido mais tarde. O episódio, ocorrido em Midtown, gerou grande controvérsia, que se prolongou nos últimos anos, mas este ano o cocheiro Ian McKeever, responsável pelo animal, foi absolvido das acusações de maus-tratos a animais. Reacende-se, assim, um debate em torno daquela que foi proposta como a 'Lei de Ryder', para proibir as carruagens no Central Park.
Hansen fala numa "tentativa repugnante e macabra de demonizar os cocheiros que fornecem comida, abrigo e cuidados médicos" àqueles que descreve como "animais adorados".
Pode ver um vídeo do sucedido na galeria acima, alertamos, contudo, que as imagens podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.
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