"Conversa produtiva". Zelensky "grato" a Trump pelos "seus esforços"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou ter estado à conversa com o presidente norte-americano, Donald Trump, e agradeceu-lhe pelos "seus esforços" na procura de paz no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Referiu ainda que foram discutidas sanções contra os russos.

Volodymyr Zelensky e Donald Trump

© Shannon Stapleton/Reuters

Maria Gouveia
05/08/2025 17:08 ‧ ontem por Maria Gouveia

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou ter estado à conversa, esta terça-feira, com o seu homólogo norte-americano, tendo agradecido a Donald Trump os seus "esforços para uma paz justa e duradoura".

 

"Uma conversa produtiva com o presidente Trump, com o foco principal, claro, ser acabar com a guerra. Somos gratos a Donald Trump pelos seus esforços para uma paz justa e duradoura. É um dever parar o assassinato o mais rápido possível e nós apoiamos totalmente. Já poderiam ter passado muitos meses sem guerra se a Rússia não a prolongasse", começou por escrever na rede social X (antigo Twitter).

Zelensky referiu que, durante a conversa telefónica, a Ucrânia e os Estados Unidos "coordenaram as suas posições" e trocaram "avaliações" sobre a guerra.

"Os russo intensificaram a brutalidade dos seus ataques. O presidente Trump está plenamente informado sobre os ataques a Kyiv e em outras cidades e comunidades", afirmou.

Deu ainda conta de que falaram "sobre sanções contra a Rússia" e que a economia russa "continua em declínio". "É por isso que Moscovo é tão sensível a esta possibilidade [das sanções] e à determinação do presidente Trump".

"Discutimos decisões europeias que podem ajudar na nossa defesa. Já temos compromissos com os Países Baixos, Suécia, Noruega e Dinamarca - mais de mil milhões de dólares em armas americanas que a Ucrânia irá receber. Obrigado! A cooperação com os países da NATO irá continuar", explicou.

O presidente ucraniano revelou também que foi discutida a "cooperação bilateral no domínio da defesa com os Estados Unidos". "O projeto de acordo sobre drones já foi preparado pela lado ucraniano e estamos prontos para o discutir detalhadamente e concluí-lo".

"Obrigado a cada um dos corações americanos que apoia a defesa da nossa vida. Obrigado presidente Trump", acrescentou.

Enviado especial Steve Witkoff vai à Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo, dia 3 de agosto, que o seu enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, visitará a Rússia "na quarta e na quinta-feira".

A visita acontece quando se aproxima o final do prazo anunciado por Trump no ultimato que lançou a Moscovo para colocar um ponto final na guerra contra a Ucrânia.

"Se acabar o prazo e a Rússia não tiver aceitado um cessar-fogo, haverá sanções. Mas (Moscovo) parece bastante disposta a evitar as sanções. São pessoas astutas e bastante hábeis para contorná-las", declarou Trump à comunicação social este domingo, antes de anunciar que Witkoff, "talvez" esta semana, "quarta e quinta-feira, viaje para a Rússia".

Quando questionado sobre se Moscovo poderia fazer alguma coisa para evitar as sanções, Trump respondeu: "Sim, chegar a um acordo para que as pessoas deixem de morrer".

Trump afirmou na terça-feira que começava nesse dia um ultimato de dez dias que concedia ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, para chegar a um acordo de paz com a Ucrânia.

"Dez dias a partir de hoje [dia 3 de agosto]", disse Trump, a bordo do avião presidencial Air Force 1, durante uma conversa com jornalistas, que lhe perguntaram sobre a redução do prazo que ele tinha anunciado recentemente.

Trump anuncia que enviado especial Steve Witkoff vai à Rússia

Trump anuncia que enviado especial Steve Witkoff vai à Rússia

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo que o seu enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, visitará a Rússia "na quarta e na quinta-feira".

Lusa | 06:09 - 04/08/2025

De notar que as tensões entre o Kremlin e a Casa Branca têm aumentado nos últimos dias, com Donald Trump a destacar dois submarinos nucleares em resposta a comentários nas redes sociais por parte do antigo presidente russo Dmitri Medvedev.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu na segunda-feira que "não há vencedores" numa guerra atómica, recomendando cautela, embora tenha referido que os dois submarinos norte-americanos anunciados por Trump "já estão em serviço" de forma permanente.

No mesmo dia, o Kremlin anunciou que ia levantar a moratória sobre mísseis de curto e médio alcance, após a retirada do tratado internacional para eliminar este equipamento militar, anunciando hoje que ia destacar este tipo de material bélico caso considerasse necessário.

Leia Também: Rússia vai destacar mísseis de curto e médio alcance se achar necessário

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