As declarações de Netanyahu foram feitas pouco antes de uma reunião do seu gabinete de segurança com o objetivo de lançar uma nova fase da guerra no devastado território palestiniano.
"É preciso derrotar completamente o inimigo em Gaza, libertar todos os nossos reféns e garantir que Gaza já não representa uma ameaça para Israel. Não estamos a abandonar nenhuma destas missões", afirmou o líder israelita durante uma visita a uma base militar, segundo um comunicado divulgado pelo gabinete governamental.
Netanyahu presidiu, pouco depois, segundo a comunicação social local, a uma reunião restrita sobre segurança que incluiu os ministros da Defesa e Assuntos Estratégicos e o chefe do Estado-Maior do Exército.
Esta reunião acontece no mesmo dia em que o Conselho de Segurança da ONU realiza uma sessão dedicada à questão dos reféns israelitas em Gaza, solicitada por Israel.
A imprensa israelita cita hoje responsáveis que falaram sob anonimato para dizer que as previsões são unânimes e que a guerra deverá assumir uma nova etapa com uma nova escalada das operações em Gaza.
"Netanyahu quer que o exército israelita conquiste toda a Faixa de Gaza", resumiu a rádio pública Kan.
Vários ministros "confirmaram que [o Governo] decidiu alargar os combates a zonas onde possam ser mantidos reféns", também segundo a estação pública.
Em guerra com o Hamas desde o ataque do movimento islamita palestiniano contra Israel, a 07 de outubro de 2023, o Governo israelita enfrenta uma crescente pressão para encontrar uma solução para o conflito em Gaza.
Os ataques de outubro de 2023 no sul de Israel causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. A retaliação de Israel já provocou mais de 61 mil mortos no enclave.
A opinião pública israelita está alarmada com o destino dos 49 reféns ainda retidos em Gaza --- 27 dos quais foram declarados mortos pelo exército --- enquanto, internacionalmente, se levantam cada vez mais vozes sobre o sofrimento de mais de dois milhões de palestinianos amontoados num território devastado, ameaçado por "fome generalizada", segundo a ONU.
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