"A Eslovénia é o primeiro país europeu a proibir a importação, exportação e trânsito de armas de e para Israel", afirmou o Governo esloveno em comunicado, acrescentando que estava a agir de forma independente.
Isto acontece porque Bruxelas é, segundo o governo, "incapaz de tomar medidas concretas (...) devido a divergências internas e à falta de unidade".
"As pessoas (...) estão a morrer porque a ajuda humanitária lhes é sistematicamente negada" na Faixa de Gaza, e é "dever de todo o Estado responsável agir, mesmo que isso signifique estar à frente dos outros", prosseguiu Ljubljana, que reconheceu o Estado da Palestina em junho de 2024.
O governo esloveno acrescentou que não emitia licenças para a exportação de armas e outros equipamentos militares para Israel desde outubro de 2023 devido ao conflito no território palestiniano.
No início de julho, a Eslovénia proibiu a entrada de dois ministros israelitas radicais no seu território, acusando-os de incitar à "violência extrema" e a "graves violações dos direitos humanos palestinianos" com "as suas declarações genocidas".
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 60 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 140 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.
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