"Estamos a proceder à correção", depois de "uma sociedade civil forte e uma juventude muito ativa" terem manifestado uma opinião, declarou Andriy Sybiga à agência de notícias France-Presse, na véspera de uma nova votação do texto no parlamento.
As autoridades ucranianas "ouviram as vozes" da sociedade civil, bem como as dos parceiros, afirmou Sybiga, que destacou ser "necessário encontrar um equilíbrio entre os riscos de segurança e a reforma", sublhinhando que "foi isso que foi feito".
Várias centenas de pessoas ainda se concentraram em Kyiv, esta noite, em protesto.
Confrontado com a primeira crise política grave desde que assumiu o cargo há seis anos, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelesnky, tentou inicialmente defender o texto, ao acusar as instituições em causa "de ineficácia" e de estarem sob "influência russa".
No entanto, no passado dia 24, Zelensky anunciou ter introduzido alterações ao texto para garantir a independência dos organismos anticorrupção do país, na sequência das críticas ao documento.
A legislação aprovada definia que as atividades desempenhadas pelo Gabinete Nacional Anticorrupção ucraniano (NABU) e pelo Gabinete Especializado Anticorrupção (SAPO) passavam a estar sob a alçada do procurador-geral, por sua vez, sob a tutela do Presidente ucraniano.
A Comissão Europeia exigiu explicações a Zelensky, um dia após a promulgação da lei que desencadeou vários protestos em várias cidades ucranianas, os maiores desde o início da invasão russa em fevereiro de 2020.
A UE e vários Estados-membros criticaram a lei e sublinharam que a mesma ia representar um entrave à candidatura da Ucrânia ao grupo dos 27.
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