Em Hokkaido, a maior ilha do arquipélago japonês, situada no norte e a mais próxima de Kamchatka, as autoridades locais emitiram ordem de retirada de nível máximo (5 em 5) para 10.463 cidadãos da cidade costeira de Urakawa.
Este alerta significa que um desastre natural "está em curso" e apela para ação imediata das pessoas afetadas, no sentido de salvar a própria vida.
Além disso, mais de 1,9 milhões de pessoas em 21 prefeituras ao longo da costa do Pacífico do Japão receberam avisos de retirada de nível 4, que apelam para a "retirada de zonas perigosas" - tais como as que se encontram perto do mar e da foz dos rios - "o mais rapidamente possível antes que a situação se agrave".
De acordo com os últimos dados fornecidos pela Agência Nacional de Gestão de Incêndios e Catástrofes, o número total de pessoas afetadas por ordens de retirada emitidas pelas autoridades locais desde o sismo desta manhã é de 1.996.154.
As pessoas que conseguiram deixar as casas onde vivem foram acolhidas em locais designados como abrigos públicos para catástrofes naturais, incluindo estações de caminho de ferro, hospitais, centros cívicos, escolas e parques situados em terrenos elevados.
As ordens de evacuação das autoridades locais baseiam-se nos avisos emitidos pela Agência Meteorológica do Japão (JMA), que estão em vigor desde o início da manhã para praticamente toda a costa do Pacífico do arquipélago, e que estimam a ocorrência de tsunamis de até três metros de altura.
Até ao momento, foram registados tsunamis de até 1,3 metros de altura na localidade de Kuji, na prefeitura de Iwate, e de 80 centímetros na península de Nemuro, em Hokkaido, ambos no norte do país. Foi igualmente observado um tsunami de 30 centímetros no porto de Yokohama, a sul de Tóquio.
De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o sismo de magnitude 8,8 na escala de Richter ocorreu por volta das 00:25 de Lisboa, a 20,7 quilómetros de profundidade, a 126 quilómetros da costa de Petropavlovsk-Kamchatsky, no extremo oriente russo.
O sismo, que já levou à emissão de alertas de tsunami em muitos países banhados pelo Pacífico, foi o mais forte desde 1952 em Kamchatka, uma das zonas de maior atividade vulcânica do planeta, indicou o Serviço Geofísico Unificado russo na plataforma Telegram, e o sexto mais intenso registado no mundo desde 1900.
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