Dois mortos após atropelamento com fuga na cidade chinesa de Kunming

Duas pessoas morreram e outras nove ficaram feridas no domingo, depois de um condutor ter atropelado peões e ciclistas na cidade chinesa de Kunming, sudoeste do país, indicou hoje a divisão de trânsito da polícia local.

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© Reprodução X / @LaszloRealtor

Lusa
21/07/2025 08:13 ‧ há 10 horas por Lusa

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O incidente ocorreu pelas 13h16 locais (06h16 em Lisboa), na rua Jinbi, distrito de Xishan, quando o condutor, um homem de 49 anos identificado como Li e residente na cidade, que é capital da província de Yunnan, abalroou um ciclista e vários peões que circulavam normalmente.

 

O suspeito pôs-se em fuga, colidindo com outros veículos e pessoas durante o trajeto, antes de ser detido pela polícia pouco depois. As autoridades indicaram que foi excluída a hipótese de o homem estar sob efeito de álcool ou drogas.

O caso está a ser tratado como um atropelamento com fuga, estando ainda em curso uma investigação para apurar os motivos do sucedido.

As nove pessoas feridas foram hospitalizadas, estando quatro com lesões ligeiras e cinco com ferimentos superficiais, segundo precisaram as autoridades, que referiram que todos se encontram em estado estável.

Embora não haja ainda confirmação de que se tratou de um ataque intencional, o caso surge num contexto de aumento, nos últimos anos, de ataques indiscriminados contra multidões na China, com recurso a veículos ou armas brancas.

Veja, abaixo, imagens do sucedido - alertamos que os vídeos podem chocar.

Entre os episódios mais graves figura o atropelamento em massa ocorrido em novembro de 2024, na cidade de Zhuhai, vizinha de Macau, que causou 35 mortos e mais de 40 feridos. O autor, motivado por uma disputa pessoal, foi executado em janeiro, após condenação à pena capital em dezembro.

Estes atos são frequentemente descritos pelas autoridades e órgãos de comunicação como casos de "vingança contra a sociedade", em que indivíduos frustrados por problemas pessoais descarregam a sua ira sobre civis inocentes.

A Procuradoria Popular Suprema prometeu recentemente "castigos severos, rigorosos e rápidos" para os responsáveis por este tipo de crimes, enquanto o Ministério da Segurança Pública apelou para o reforço das medidas de prevenção para "manter a estabilidade social".

Especialistas apontam fatores como a falta de apoio em saúde mental, a censura informativa e a crescente pressão social como possíveis causas subjacentes a este tipo de ataques.

Estes incidentes contrastam com o discurso oficial das autoridades chinesas, que reiteram que a China é "um dos países mais seguros do mundo" -- uma perceção amplamente partilhada pela população até agora.

Leia Também: China confirma visita dos líderes da UE esta semana para cimeira

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