Para evitar futuras incursões, uma fonte militar israelita explicou à agência noticiosa espanhola EFE que "ao longo do dia, o exército deverá reforçar as barreiras fronteiriças para impedir novas travessias de ambos os lados".
De acordo com relatos de jornalistas no local, vários camiões carregados com placas de betão estavam a chegar ao local, escoltados por tropas israelitas.
O exército israelita adiantou que durante a noite não existiram mais protestos junto à fronteira ou pessoas a atravessar a mesma.
As tropas israelitas, que ocupam a zona desmilitarizada entre os dois países, mas em território sírio, operaram durante a noite para localizar os drusos que tinham conseguido entrar e devolvê-los.
"Estas operações ainda estão a decorrer", acrescentou a mesma fonte, indicando que o número de pessoas localizadas e que ainda permanecem fora do seu território de origem é agora significativamente reduzido.
Desde terça-feira, mas especialmente na quarta-feira, o exército israelita alertou repetidamente para a travessia de drusos do território israelita para a Síria e vice-versa, confirmando que o número rondava as centenas.
Na tarde de quarta-feira, o jornal Times of Israel estimava em mais de 1.000 o número de pessoas que tinham entrado na Síria através da fronteira.
A travessia da fronteira começou como um protesto contra os confrontos entre drusos e beduínos na cidade de Sweida, no sul da Síria, de maioria drusa. A vaga de violência desencadeou a entrada na cidade das forças governamentais sírias, em apoio às tribos beduínas.
Cerca de 24.000 drusos, uma minoria árabe síria, vivem nos Montes Golã, território sírio ocupado por Israel em 1967 e finalmente anexado em 1980, numa decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.
Entre os drusos, cerca de 20% têm passaporte israelita embora nos últimos anos o sentimento de pertença a Israel, especialmente entre os mais jovens, tenha aumentado.
Com importantes recursos de água, os Montes Golã são um território estratégico e de grande importância económica, tanto para Israel como para a Síria.
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