Especialista diz que campanhas de vacinação e clima seco reduzem cólera

O especialista angolano em saúde pública Jeremias Agostinho apontou hoje a vacinação e o tempo seco como os principais fatores da redução da cólera em Angola, que regista queda de novos casos e de mortes nas últimas semanas.

Angola: Surto de cólera na Luinha no Kwanza Norte

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Lusa
15/07/2025 15:45 ‧ há 6 horas por Lusa

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Angola

Segundo o médico angolano, a redução do número de casos de cólera em Angola é influenciada por múltiplos fatores, nomeadamente a vacinação, que contribui para a redução da transmissão da doença.

 

"Em cada 100 pessoas que se contaminam com a bateria que causa cólera cerca de 80 não vão apresentar sinais e sintomas e [...] à medida que se vacinam as pessoas, estas vão ganhando imunidade e isso também reduz os casos", afirmou o médico à Lusa.

O especialista apontou também a época de cacimbo ou de frio em Angola como um outro fator que impede a transmissão da doença, "porque há poucas chuvas, e com isso há redução da transmissão da doença".

"Então, o que teremos nos próximos dias é mesmo essa redução do número de casos e esperamos que depois dessa época que a doença seja eliminada posteriormente", referiu.

Angola registou, nos últimos sete dias, um total de 186 novos casos, uma média de 26 casos por dia, contrariamente ao período que registava diariamente mais de 100 casos, e apenas um óbito nesse período, segundo dados oficiais.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção Nacional de Saúde Pública, o país registou, nas últimas 24 horas, 19 novos casos e não teve registo de mortes. O país, que notificou o primeiro caso de cólera em 07 de janeiro passado, regista um abrandamento da doença desde junho.

Jeremias Agostinho pediu as autoridades medidas para que o país não registe mais ocorrências da doença nos próximos anos.

"Em zonas com difícil acesso à água, o Governo deve continuar a sua distribuição e também melhorar a questão do saneamento básico a nível nacional, o tratamento do lixo, a drenagem das águas residuais e das chuvas", concluiu o médico angolano.

Angola regista um cumulativo de 27.483 casos de cólera e 764 óbitos desde o início do surto. Luanda, capital angolana, totaliza 6.989 casos e 222 óbitos, seguida da província de Benguela com 4.718 casos e 108 mortes e Bengo 3.064 casos e 119 óbitos.

O Ministério da Saúde lançou no sábado passado, na província da Lunda Norte, a terceira fase da campanha nacional de vacinação contra a cólera.

Pelo menos 1,9 milhões de vacinas foram administradas nas duas primeiras fases da campanha de vacinação dois milhões de pessoas em 24 municípios prioritários das províncias de Cabinda, Cuanza Sul, Lunda Norte, Huíla, Namibe e Zaire.

Leia Também: Cólera persiste em África devido a inundações e falta de saneamento

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