Primeiro-ministro eslovaco quer que oposição seja julgada pelo ataque

Robert Fico pediu hoje que a oposição também seja julgada no caso do agressor que o tentou matar em maio de 2024, argumentando que foram os seus opositores que instigaram o ataque.

Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia,

© Sergii Kharchenko/NurPhoto via Getty Images

Lusa
10/07/2025 12:37 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

Eslováquia

O primeiro-ministro eslovaco, o populista Robert Fico, pediu hoje que a oposição também seja julgada no caso do agressor que o tentou matar em maio de 2024, argumentando que foram os seus opositores que instigaram o ataque.

 

"Seria justo e razoável que, na sala do tribunal, sentassem junto ao agressor todos aqueles que o incentivaram" a cometer o crime, afirmou Fico num vídeo divulgado na rede social Facebook.

"O agressor é um produto do ódio da oposição, é uma extensão do seu braço, a ferramenta com gatilho que a oposição disparou", declarou o primeiro-ministro, mencionando os laços que o agressor mantinha com o partido liberal conservador Democratas, liderado pelo ex-ministro da Defesa Jaroslav Nad.

Apesar disso, Fico acredita que o juiz "não se vai concentrar em examinar a cumplicidade da oposição no ataque, porque não há provas".

Robert Fico foi baleado em maio de 2024, após uma reunião de gabinete, e esteve à beira da morte durante semanas.

O agressor, Juraj Cintula, um reformado de 72 anos, é o único arguido no julgamento, que começou na terça-feira no Tribunal Especializado de Banská Bystrica.

O réu está acusado de terrorismo contra uma pessoa protegida, com a agravante de ter utilizado uma arma de fogo, o que pode resultar numa pena de prisão perpétua.

O primeiro-ministro, que não vai comparecer no julgamento nem prestar declarações adicionais, observou que há "provas irrefutáveis" de que o agressor conhecia representantes da oposição, principalmente dos Democratas, e que "gritou palavras de protesto da oposição".

Fico e a sua coligação de populistas de esquerda, sociais-democratas e ultranacionalistas têm sido fortemente criticados por medidas como o desmantelamento da Procuradoria Anticorrupção, que investigava os seus colaboradores, a manutenção da radiodifusão pública sob controlo do Executivo e uma purga de altos funcionários -- da polícia, do sistema judicial e da cultura - por criticar o Governo.

O governante é próximo do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que Fico visitou recentemente em Moscovo.

Leia Também: Acusado de tentar assassinar Robert Fico recusa testemunhar em tribunal

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