Donald Trump, que anunciou em abril, e depois suspendeu, a imposição das suas "tarifas recíprocas" globais, enviou cartas individuais a cada um dos governos daqueles países e publicou-as na sua rede social Truth.
Em textos que repetem o mesmo esquema das cartas enviadas dias antes a outros Estados, Trump fixou as taxas sobre o Brunei e a Moldávia em 25%, enquanto as da Argélia, Iraque e Líbia permaneceriam em 30%.
O Presidente norte-americano avisou ainda estes países que, caso decidam aumentar as suas próprias taxas sobre os produtos americanos, Washington acrescentará essa percentagem à que acaba de ser anunciada.
Trump também já enviou cartas na segunda-feira aos principais parceiros comerciais, como o Japão e a Coreia do Sul, aos quais serão aplicadas tarifas de 25% sobre as suas importações.
Noutras cartas enviadas na segunda-feira, avisou o Laos e a Birmânia de que iria impor tarifas de 40%, 30% para a África do Sul e a Bósnia e Herzegovina, 36% para o Camboja e a Tailândia e 35% para a Sérvia e o Bangladesh.
A Indonésia seria tributada a 32%, enquanto à Malásia, ao Cazaquistão e à Tunísia será aplicada a tarifa de 25%.
Trump adiou o prazo para a imposição das suas tarifas de 9 de julho para 01 de agosto para prolongar o tempo para a negociação de novos pactos comerciais com os seus parceiros, embora tenha especificado mais tarde que considera como acordos as cartas que enviou aos governos informando-os das suas decisões sobre as tarifas.
O líder dos EUA considera que estas imposições "são necessárias" para corrigir o que, na sua opinião, são anos de políticas e barreiras tarifárias que provocaram um défice comercial dos Estados Unidos nas suas respetivas trocas.
Desde a suspensão das tarifas anunciada em abril, os Estados Unidos só conseguiram assinar acordos pouco abrangentes com a China, o Reino Unido e o Vietname.
O Presidente norte-americano anunciou na terça-feira que, se não for alcançado um acordo negociado com a União Europeia, tenciona enviar uma carta a Bruxelas com as suas condições dentro de "cerca de dois dias".
Além disso, avisou que iria impor um imposto de 50% sobre o cobre e anunciou que está a considerar a aplicação de tarifas até 200% sobre os produtos farmacêuticos, se os seus fabricantes não se instalarem nos EUA.
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