Lucro dos cinco principais bancos recua 0,4% até junho para 2.609 milhões

Os cinco maiores bancos a operar em Portugal tiveram lucros de 2.609 milhões de euros até junho, uma redução de 0,4% em termos homólogos.

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Lusa
02/08/2025 10:08 ‧ há 8 horas por Lusa

Economia

Banca

Assim, os lucros acumulados de Caixa Geral de Depósitos (CGD), Santander Totta, Millennium BCP, Novo Banco e BPI caíram 10,6 milhões de euros face aos registados há um ano.

 

Para esta evolução continuou a contribuir a evolução da margem financeira, que diz respeito à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos e que nos primeiros seis meses representou 4.425 milhões de euros nestes cinco bancos.

Face ao mesmo período do ano passado, são menos 349 milhões de euros, ou 7,31%.

Entre os cinco bancos, BPI e Santander viram uma redução dos seus lucros em, respetivamente, 16% e 8%, para 274,5 milhões de euros e 503,9 milhões de euros.

A justificação dada pelos seus presidentes prendeu-se com a redução da margem financeira e com os impactos da redução das taxas de juro.

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Os lucros do Novo Banco avançaram, 17,5% para 434,9 milhões de euros, também impulsionados pelo efeito de base provocado há um ano, com os custos relacionados com a mudança de sede (30 milhões de euros).

Com crescimentos mais modestos, o BCP avançou 3,5%, para 502,3 milhões de euros. Para este lucro, a instituição liderada por Miguel Maya contou com um reforço de 146,6 milhões de euros na atividade internacional, apesar das condicionantes relacionadas com os créditos em francos suíços.

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Já no banco público, a subida de 0,44% para 893,2 milhões de euros deveu-se, em parte, à reversão de provisões e imparidades, que representaram um alívio de 142 milhões de euros face aos resultados do ano passado.

A política monetária para o controlo de inflação depois da pandemia da covid-19 e agravada pela invasão russa da Ucrânia acabou por cumprir o seu propósito, com a taxa que mede a variação de preços nos consumidores a manter-se nos 2,0% em julho, segundo o Eurostat, em linha com a meta do Banco Central Europeu (BCE).

À semelhança do registado no final do primeiro trimestre, e com o alívio das taxas de juro, as margens financeiras têm espelhado essa evolução, recuando em quatro dos cinco bancos - com a a exceção a ser, novamente, o BCP.

Até junho, a margem financeira do BCP cresceu 3,3%, para 1.444 milhões de euros, à boleia da atividade na Polónia. Já nos outros bancos, apenas o Novo Banco baixou menos de 10% (6,1%).

No primeiro semestre, as margens financeiras de BPI e CGD recuaram, respetivamente, 10,1% e 10,0%, para 1.284 milhões de euros e 442 milhões de euros, enquanto o Santander registou uma quebra de 19,3%, para 695,7 milhões de euros.

E quanto a trabalhadores? E agências?

Quanto aos trabalhadores e agências, os cinco maiores do setor bancário em Portugal contavam 25.375 funcionários e 1.829 balcões em território nacional. Em termos homólogos, são menos 26 trabalhadores e menos oito balcões.

No final de junho, o Millennium BCP era o banco com mais funcionários (6.224), seguindo-se CGD (5.992), Santander (4.673), BPI (4.354) e Novo Banco (4.132).

Em termos homólogos, isto representa quebras no número de trabalhadores de Novo Banco (-107), CGD (-75) e BCP (-50) e subidas no BPI (99) e Santander (107).

Em termos de agências, estes bancos contavam com 1.829 espaços no final do semestre, numa redução de oito em termos líquidos.

A Caixa manteve-se nos 512 de há um ano, o Novo Banco aumentou em um para 291, enquanto tanto BCP, como Santander Totta recuaram em dois o número de espaços em Portugal, para 396 e 327. O BPI contava, em 30 de junho, com 303 espaços, menos cinco do que na mesma data de 2024.

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