Entre 21 e 27 de julho, o custo do transporte de petróleo bruto aumentou em todas as rotas devido à redução da frota disponível que não está sujeita às restrições previstas no 18.º pacote da União Europeia (UE), de acordo com o Centro de Índice de Preços russo.
Segundo analistas citados pelo diário russo, a rota mais afetada foi a da Turquia, que está 30% mais cara, uma vez que os importadores turcos reforçaram o controlo ao cumprimento das últimas restrições impostas pela UE.
O preço do transporte do mar Negro para a Índia aumentou em 10%, enquanto do mar Báltico subiu até 8% e da rota de Kozmino (porto no mar do Japão) para a China aumentou 11%.
Segundo o diretor do Centro de Índice de Preços, Roman Sokolov, a subida dos preços pode também dever-se ao aumento do tempo de reabastecimento dos navios, devido às novas regulamentações russas para os navios de bandeira estrangeira, que devem ser coordenadas com o Serviço Federal de Segurança.
No entanto, especialistas salientam ainda que os preços serão regulamentados em breve, depois de o mercado se ter adaptado às novas restrições que já levaram a uma queda de 25% no número de partidas de navios da Rússia, em relação ao ano anterior.
Em meados de julho, a UE aprovou o seu 18.º pacote de sanções contra a Rússia, que inclui a redução do preço máximo do petróleo russo exportado para 47,60 dólares por barril, bem como a inclusão de mais 105 navios da chamada "frota fantasma" russa na lista negra, proibindo-os de entrar nos portos e de receber serviços, entre outras restrições, com o objetivo de reduzir as receitas que estão a financiar a guerra na Ucrânia.
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