O Ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, que visita Arouca, uma das zonas atingidas pelos incêndios dos últimos dias que têm assolado Portugal, nomeadamente, no Norte.
"O meu trabalho hoje é tratar desta urgência que é ajudar pessoas que ficaram empobrecidas com incêndios e ver qual é o nível que o Estado pode e deve dar a estas pessoas, particularmente os agricultores", disse, em declarações aos jornalistas em Arouca, no distrito de Aveiro.
O governante disse que estava "acertado" já um "mecanismo muito ágil de pequenos apoios a agricultores, valor que terá de ser fixado". "Menos do que dez mil euros vão ter apoios rápidos", garantiu.
"Na próxima semana, o Governo vai avaliar a situação e definir os termos do apoio. Eu não venho para aqui com um livro de cheques na mão para passar um cheque. O que vamos é ser muito rápidos a definir os termos do apoio. Já na próxima semana isso será feito", assegurou o ministro.
"Não vamos estar a pedir papéis. É na base da prova testemunhal, vendo no local, com alguém da Câmara Municipal ou da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), define-se o valor e pagamos imediatamente", disse o governante.
Confrontado acerca de a maioria dos apoios no âmbito dos incêndios de 2024 não terem sido pagos ainda, o governante disse que essa era uma informação "totalmente errada."
"Foi paga a esmagadora maioria. Na ordem dos 95% dos agricultores que reclamaram prejuízos o ano passado, já estão pagos. O pequeno número de agricultores que ainda não foi pago não é porque não haja vontade do lado do Estado. É porque há procedimentos do lado das pessoas", afirmou, dando exemplo de "burocracias" que possam dificultar, como o número de contribuinte "não estar certo."
O governante recusou dizer qual o valor total dos apoios que vão ser dados, afirmando que nas próximas horas iria "ver qual era a dimensão e natureza dos prejuízos."
"Haverá atenção particular às pessoas que têm casas afetadas e que não podem dormir nas suas casas. Essa será a nossa prioridade", acrescentou.
[Notícia atualizada às 15h37]
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