Depois de nas últimas quatro edições terem divido as conquistas de La Liga alternadamente, com os 'merengues' a erguerem o troféu em 2021/22 e em 2023/24 e os 'culés' em 2022/23 e 2024/25, a nova edição do campeonato espanhol, que se inicia na sexta-feira, perspetiva-se equilibrada entre os dois emblemas mais titulados do país.
O Real Madrid, com 36 ligas conquistadas, falhou ao bicampeonato em 2024/25, numa época em que o FC Barcelona venceu o 28.º 'cetro' com mais quatro pontos de vantagem sobre o eterno rival e procura agora o primeiro 'bi' desde 2019.
Com ambos a manterem os jogadores base nas suas equipas, com destaque para as maiores 'estrelas', o inglês Jude Bellingham, o brasileiro Vinícius Júnior e o francês Kylian Mbappé, no Real, e os jovens Pedri, Gavi e Lamine Yamal, além dos experientes Raphinha e Robert Lewandowski, no 'Barça', chegaram 'caras novas' aos dois plantéis.
Se a base do plantel madridista se mantém consolidada, a liderança mudou ao fim de quatro anos de 'mandato' do italiano Carlo Ancelotti, agora rendido pelo antigo médio dos 'blancos' Xabi Alonso, ao contrário dos 'blaugrana', que seguem para o segundo ano sob o comando do alemão Hansi Flick.
Provenientes dos ingleses do Manchester United e do Espanyol chegaram a Camp Nou o extremo Marcus Rashford e o guarda-redes Joan García, respetivamente, ao passo que em Madrid 'aterraram' o inglês Trent Alexander-Arnold (ex-Liverpool), o neerlandês Dean Huijen (ex-Bournemouth), Álvaro Carreras, vindo do Benfica, e Franco Mastantuono, do River Plate.
Contudo, o destaque vai para a saída do croata Luka Modric, de 39 anos, rumo ao AC Milan, de Itália, ao fim de 13 anos em Madrid, uma peça que será difícil de substituir, pelo menos no que diz respeito à experiência e peso no balneário. Lucas Vázquez, que esteve a última década ligada ao Real, também deixou o clube.
À espreita do título e com intenção de tentar lutar até final com 'merengues' e 'culés' está o Atlético de Madrid, campeão pela última vez há quatro anos, naquele que foi o 11.º da sua história, tendo, desde então, terminado sempre no top-4 da classificação.
As chegadas de Marc Pubill, Alex Baena, David Hancko, Jonny Cardoso, Thiago Almada, Matteo Ruggeri e Giacomo Raspadori, respetivamente, demonstram que a equipa treinada pelo argentino Diego Simeone quer almejar mais do que o terceiro lugar.
Em sentido inverso, foram vários os que deixaram os 'colchoneros': Samuel Lino, Rodrigo Riquelme, Ángel Correa, este ao fim de 10 épocas, Reinildo Mandava, Rodrigo de Paul, Thomas Lemar, Axel Witsel ou César Azpilicueta.
À semelhança da época passada, Athletic Bilbau, Villarreal, Betis e Celta de Vigo devem ter como objetivo traçado a luta pelas posições que dão acesso às competições europeias, nas quais não constaram nas últimas duas épocas o Sevilha, a grande desilusão da temporada passada e que lutou até bem perto do final pela permanência entre os 'grandes' em Espanha.
A Real Sociedad, que contratou recentemente o internacional português Gonçalo Guedes aos ingleses do Wolverhampton, é outra das equipas que pode intrometer-se na luta pelos lugares europeus.
Já emblemas como o Rayo Vallecano, Osasuna, Espanyol, Alavés, Girona, Maiorca, do médio Samuel Costa, Getafe, do central Domingos Duarte, e Valência, do lateral Thierry Correira e do médio André Almeida, têm a permanência como meta, pelo menos numa primeira fase da temporada.
De regresso ao principal escalão estão Levante, Elche, que adquiriu junto do Benfica o médio Martim Neto, e o Real Oviedo, este último 24 anos depois, perspetivando-se dificuldades para os três clubes continuarem entre a elite do futebol espanhol.
Na sexta-feira, inicia-se a edição 2025/26 de La Liga, com o Girona a ser o anfitrião do Rayo Vallecano e o Villarreal a receber o Real Oviedo.