O Manchester United deu, na madrugada de sábado para domingo, o 'tiro de partida' para a digressão pelos Estados Unidos da América da melhor maneira possível, ao derrotar o West Ham, por 2-1, num encontro de cariz particular realizado no MetLife Stadium, em East Rutherfort, no estado de New Jersey.
O internacional português Bruno Fernandes vestiu o 'fato de gala', em solo norte-americano, e, envergando a braçadeira de capitão, marcou dois golos, tendo o primeiro dos quais surgido logo aos cinco minutos, na conversão de uma grande penalidade, e o segundo aos 52, com recurso a um remate colocado à entrada da grande área adversária.
Após o apito final, o treinador dos red devils, o também luso Ruben Amorim, falou às plataformas oficiais do clube e teceu rasgados elogios ao jogador de 30 anos de idade. Ainda assim, pelo meio, aproveitou para lhe deixar uma 'achega', relativamente à maneira como este se deixa levar, muitas vezes, pela "frustração".
"Isso ficou bastante claro, na passada temporada, e dá para ver pelos golos e pelas assistências, mas não tem apenas a ver com isso. Penso que, agora, ele tem mais jogadores que o ajudam a liderar o grupo, e isso é um aspeto positivo. Ele é o nosso líder, e é muito importante, não apenas dentro de campo, mas também fora dele", começou por afirmar.
"Ele lidera pelo exemplo. Ele trabalha mesmo arduamente, está sempre disponível, e, por vezes, joga com dor. Por vezes, o problema é que fica frustrado e perde um pouco o foco no trabalho dele. Por vezes, ele quer ajudar tanto os companheiros de equipa que não o faz da melhor maneira. Eles têm de fazer o trabalho deles, e o Bruno, por exemplo, tem de esperar pela bola", acrescentou.
Ruben Amorim faz 'mea culpa'
Ruben Amorim assumiu, ainda assim, que o facto de a época de 2024/25 de Bruno Fernandes não ter sido a melhor pode também ter tido o 'dedo' do próprio: "Ele tem uma função ou uma posição para cada jogo. É impossível jogar em todas as posições. No ano passado, senti que o recuei para ter mais posse na construção e sentimos a falta do Bruno nas proximidades da grande área".
"Com as caraterísticas diferentes do Bryan [Mbeumo] e do Matheus Cunha - e também gosto muito do jogo do Kobbie Mainoo - ele terá mais ajuda, esta temporada. O Bruno corre muito. Talvez nos 'sprints' seja um jogador diferente, mas ele corre muito. Ele tem muita resistência e é inteligente. Não tem a ver com isso. A vertente física do Bruno não é uma preocupação, quer jogue mais recuado ou como médio-ofensivo", refletiu.
A digressão do Manchester United pelos Estados Unidos da América irá, agora, prosseguir com os amigáveis perante Bournemouth (a 30 de julho, no Soldier Field, em Chicago) e Everton (a 3 de agosto, no Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta), que antecedem o duelo de apresentação aos sócios e adeptos, em Old Trafford, a 9 de agosto, contra a Fiorentina. A estreia 'a doer', em 2025/26, será perante o Arsenal, a 17 de agosto.
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