"A política da China de atrair investimento estrangeiro não vai mudar, e a abertura do mercado continuará a expandir-se. O mercado chinês é vasto, com várias aplicações e grande dinamismo para a inovação", afirmou Wang, citado num breve comunicado do ministério.
A visita do responsável da empresa ocorre num momento de tensões comerciais entre Pequim e Washington e reflete os esforços da Nvidia para manter a sua posição num dos seus principais mercados globais, após as restrições impostas pelos Estados Unidos às exportações de 'chips' avançados usados em inteligência artificial (IA).
Na quarta-feira, Huang afirmou esperar receber em breve a primeira licença do Governo dos EUA para exportar para a China os chips H20 -- uma versão adaptada para cumprir os controlos impostos por Washington -- e retomar as vendas no país.
"O mercado chinês é muito atrativo", afirmou o executivo, de origem taiwanesa, acrescentando que a Nvidia está disposta a "aprofundar a cooperação com parceiros chineses no domínio da IA".
Huang revelou ainda que a empresa já deu início aos trâmites para retomar a comercialização da unidade de processamento H20, desenvolvida especificamente para o mercado chinês.
O responsável já visitou a China três vezes este ano. Em maio, criticou as restrições de exportação dos EUA, classificando-as como um "fracasso", ao considerar que estimularam as empresas tecnológicas chinesas a acelerar o desenvolvimento de 'chips' próprios.
Gigantes chinesas como a DeepSeek e a Tencent têm vindo a otimizar o uso de memória nos seus modelos de IA, desafiando o modelo de negócio da Nvidia. A apresentação do modelo R-1 pela DeepSeek levou mesmo a uma queda de 12% na cotação da fabricante norte-americana.
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