Um dos CEOs da Netflix, Ted Sarandos, reconheceu durante a mais recente apresentação de resultados financeiros da empresa que foi usada tecnologia de Inteligência Artificial generativa na produção de uma das suas séries originais.
Sarandos revelou que a equipa de produção de ‘O Eternauta’ recorreu a esta tecnologia durante o desenvolvimento desta adaptação da clássica banda desenhada argentina da autoria de Héctor Germán Oesterheld.
O líder da Netflix explicou que ‘O Eternauta’ foi a primeira série da original da empresa onde foi usada tecnologia de Inteligência Artificial generativa na produção, mais especificamente numa sequência em que é mostrado o colapso de edifícios na capital Buenos Aires. Sarandos afirma que “entusiasmado” com os resultados e que, se não fosse possível usar a tecnologia, não seria rentável tendo em conta a dimensão da produção desta série.
“Na verdade, a sequência de efeitos especiais foi completada dez vez mais rapidamente do que teria acontecido se fosse feita com ferramentas e processos tradicionais”, notou Sarandos durante a apresentação de resultados financeiros de acordo com o Business Insider.
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A Netflix apresentou os resultados financeiros da empresa relativos ao segundo trimestre, realçando um aumento da receita de 16% face ao mesmo período do ano passado. A Netflix nota ainda que, no primeiro semestre, os utilizadores do seu serviço assistiram a um total de 95 mil milhões de horas de conteúdo.
Miguel Patinha Dias | 07:56 - 18/07/2025“Os criadores ficaram satisfeitos com o resultado. Nós ficámos satisfeitos com o resultado. E, mais importante, o público ficou satisfeito com o resultado. Por isso, penso que estas ferramentas estão a ajudar os criadores a expandirem as possibilidades de contar histórias no ecrã e isso é infinitamente entusiasmante”, finalizou o co-CEO da Netflix.
'O Eternauta' estreou na Netflix no dia 30 de abril com seis episódios e a série tornou-se suficientemente bem-sucedida para levar a Netflix a renová-la para uma segunda temporada.
Ainda que esta sequência criada com Inteligência Artificial generativa seja um sinal de alarme e uma preocupação (compreensível) para todos os profissionais da área dos efeitos especiais, o valor acrescido que esta sequência representaria para a produção talvez fosse suficiente para a Netflix não considerar dar a 'O Eternauta' uma segunda temporada.
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