O facto de haver populações em risco "obriga à dispersão de meios para a evitar que o fogo chegue às habitações", explicou em declarações à Lusa, o Comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e isso também dificulta ao combate ao próprio incêndio.
A mesma fonte adiantou que no incêndio de Penamacor já estão "até dois grupos de combate a fogos urbanos, cada um com 30 operacionais, que esperam não tenham que atuar", mas por uma questão de prevenção foram mobilizados.
Porém, assegurou, que, para já, não houve necessidade de retirar pessoas das aldeias mais próximas.
Quanto aos meios de combate a estes incêndios poderem ser reforçadas esta noite, aquela fonte da Proteção Civil não estima que tal possa acontecer, até porque já aumentaram o número de operacionais e viaturas no terreno.
Hoje à tarde mais de 2.700 operacionais, apoiados por mais de 600 viaturas, combatiam 17 incêndios florestais considerados de risco elevado, indicou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), num balanço atualizado, na sua sede, em Carnaxide, Oeiras, feito pelo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, que disse que foram assistidas 20 pessoas, incluindo 14 bombeiros.
Um dos incêndios, em Alcanede, Santarém, atingiu uma pecuária, matando animais.
Além deste fogo, a ANEPC destacou os incêndios do Lindoso, que avança em direção à Serra Amarela, e o de Arouca, que ameaça colocar em risco as povoações de Castelo de Paiva e Arouca.
A Proteção Civil esperava então que o combate aos fogos de Penamacor e de Nisa evoluísse favoravelmente durante a noite.
O comandante Elísio Pereira, sublinhou agora em declarações à Lusa que espera que a baixa de temperaturas ajude a controlar alguns dos incêndios ativos. Mas para os que têm áreas muito grandes já tomadas pelo fogo e difíceis acessos a noite também não ajuda, referiu.
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