"Estamos a cumprir" as linhas de orientação, diz diretor da RTP

O presidente da RTP afirmou hoje que estão a ser cumpridas estritamente as linhas de orientação estratégicas dadas pelo Conselho Geral Independente (CGI) e que as alterações anunciadas na empresa estão no âmbito das competências da administração.

Nicolau Santos, LUSA, Presidente

© Blas Manuel / Notícias Ao Minuto

Lusa
22/07/2025 13:43 ‧ há 6 horas por Lusa

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Nicolau Santos falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, na sequência da demissão da direção de informação da televisão e da reorganização da empresa, no âmbito de requerimentos do Livre e do PS.

 

O parecer de segunda-feira da ERC "diz que esta decisão do Conselho de Administração da RTP se enquadra no âmbito do exercício das suas competências, tendo legitimidade para proceder às alterações organizacionais que preconiza, e porque os diretores indigitados que selecionou e submeteu à apreciação têm um percurso profissional que os habilita ao desempenho das respetivas funções", afirmou o gestor.

Portanto, "isto é para deixar muito claro, em primeiro lugar" que o Conselho de Administração da RTP "tomou, no seu legítimo direito", [decisão sobre] uma nova organização para a empresa e propôs novos diretores para essa organização, prosseguiu.

"Aquilo que estamos a fazer é o cumprimento do Projeto Estratégico, as linhas de orientação estratégicas que foram aprovadas pelo CGI e endossadas ao Conselho da Administração segundo as quais, permitam-me ler, propunha reestruturar o formato de informação diária e não diária", contando em repensar e reconfigurar organizacionalmente os modelos e estruturas de trabalho.

Isto está "explicitamente nas linhas de orientação estratégica que nos foram incumbidas pelo CGI", salientou, referindo que também consta que "devem ser aprofundadas as experiências de convergência de conteúdos entre a rádio, a televisão e o audiovisual em linha", sendo que a RTP deve também dar prioridade ao seu processo de transformação digital.

Portanto, "nós estamos estritamente a cumprir as linhas de orientação estratégica que nos foram dadas pelo Conselho de Geral Independente, que é a estrutura a que temos de responder e pela qual fomos nomeados e somos exonerados", apontou.

Nicolau Santos recordou que este modelo de governação da RTP - o CGI, que supervisiona a administração - foi criado pelo então ministro Miguel Poiares Maduro durante o governo de Pedro Passos Coelho.

"Desde aí, é este modelo que está em cima da mesa e é um modelo que se aproxima muito do nível da BBC e que visa [...] travar qualquer tipo de influência política sobre o funcionamento da RTP", sublinhou.

Nicolau Santos recordou que, quando assumiu a presidência da RTP, em junho de 2021, António José Teixeira já era diretor de informação de televisão da RTP, tendo sido escolhido na administração anterior que contava com Hugo Figueiredo (que transitou para a atual).

O gestor explicou que não está em causa o currículo de António José Teixeira, "o que está em causa neste momento é um novo ciclo que se inicia e este ciclo tem a ver exatamente com estas orientações estratégicas".

Trata-se de "um ciclo diferente e, do nosso ponto de vista, exigia, efetivamente, uma nova visão, uma nova energia, uma nova capacidade para entender estas transformações, para trabalhar em conjunto com as diferentes áreas e proceder a estas orientações que nós consideramos que são fundamentais para salvaguardar o serviço público em Portugal", defendeu.

No que respeita à RTP3 e às audiências, não foi esse o argumento que foi usado, a "avaliação foi global", explicou o presidente da RTP.

"Não vamos fazer a avaliação dos trabalhadores da RTP em público, como calcula, mas eu gostaria de dizer os factos que existem", prosseguiu.

De acordo com o relatório da GfK sobre as audiências, a RTP3 "é a único canal que não sobe em todas as faixas, falhando o incremento da tarde, onde está estacionado no 0,9%. Este não foi o argumento" para a exoneração da direção de informação de televisão, afirmou.

"Esta foi uma das avaliações que fizemos", apontou o gestor.

Leia Também: Nicolau Santos afasta qualquer interferência para reorganização na RTP

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