Um jovem de 17 anos morreu afogado, na tarde de terça-feira, 15 de julho, depois de ter sido arrastado por uma corrente na praia de Carcavelos, na linha de Cascais.
A "tragédia", como descreveu José Manuel Marques Coelho, Comandante do Porto de Cascais, em entrevista à SIC Notícias, envolveu outros três jovens, que "felizmente", foram resgatados com sucesso e sem necessidade de assistência médica.
"Estava um grupo de jovens na água a pedir socorro, os nadadores salvadores, com a ajuda de um surfista e de uma pessoa com um caiaque resgataram três das vítimas com sucesso para o areal", começou por contar o responsável da Autoridade Marítima Nacional (AMN), acrescentando que "só passado alguns momentos é que estas três vítimas identificaram que havia uma quarta pessoa na água".
"Os nadadores-salvadores foram para a água imediatamente, ativaram-se todos os meios ao dispor: Estação Salva-Vidas, Polícia Marítima, INEM, bombeiros, navio da marinha portuguesa e até um meio aéreo", continuou.
Porém, "ao fim de cerca de 10 minutos", acabou por se confirmar o pior dos cenários. "Os nadadores-salvadores conseguiram identificar a vítima, já afogada, resgataram-na para terra e iniciaram as manobras de reanimação, com apoio do INEM. A vítima ainda foi transportada para o hospital, mas, infelizmente, acabou por falecer".
Apesar do mar aparentar estar calmo na praia de Carcavelos, onde ocorreu o acidente, o responsável salienta que "há muitos cuidados que se deve ter no mar em qualquer condição, ontem [quinta-feira, 15 de julho] terá sido uma corrente que os impediu de regressar a terra e por isso pediram socorro".
Sobre a atuação dos meios de socorro, o capitão não tem dúvidas de que estes atuaram como deviam, salvando todas as vítimas, "excepto a quarta, que não foi identificada no momento inicial".
"As pessoas devem ter muita atenção ao mar"
Perante isso, José Manuel Marques Coelho apela a que as pessoas frequentem "praias vigiadas" e tenham "muita atenção ao mar".
Além disso, devem "seguir as recomendações dos nadadores-salvadores e das outras entidades que estão no local, uma vez que os nadadores-salvadores estão aptos a indicar as zonas mais seguras".
Durante a mesma intervenção, o Comandante do Porto de Cascais lembrou ainda que "existem as bandeiras vermelhas e amarelas, que indicam as zonas seguras para banhos. Nessas zonas não há fundões, não há correntes, declives acentuados".
Contudo, recorda, "isso não invalida que, mais afastado de terra ou noutra zona, não haja perigos. Nas praias vigiadas a resposta é mais rápida, nas praias não vigiadas a resposta pode demorar um bocadinho mais".
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