Vários distritos de Portugal continental estão em risco máximo de incêndio e o perigo de incêndio rural vai começar a aumentar a partir desta terça-feira, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Por isso mesmo, recorde quais são as recomendações das autoridades.
"Perante as temperaturas elevadas, humidade muito baixa e o vento forte, a probabilidade de ignição e propagação rápida do fogo aumenta", começa por escrever a Polícia de Segurança Pública (PSP) numa publicação nas redes sociais.
E recordou: "Vários concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Viseu e Guarda estão hoje em risco máximo de incêndio rural".
"A prevenção está nas suas mãos": recorde o que deve (e não deve) fazer
- Nunca deite beatas ou lixo no chão: um simples descuido pode provocar um grande incêndio;
- Mantenha limpos os terrenos à volta da sua habitação, criando uma faixa de proteção;
- Não faça queimadas nem utilize fogo ao ar livre durante períodos de risco elevado;
- Não utilize maquinarias que causem faíscas (moto-roçadoras, motosseras, etc) nas horas de maior calor;
A PSP alerta: "Se avistar fumo ou fogo, ligue de imediato 112. Em caso de evacuação, siga sempre as orientações das autoridades".
Viu fumo ou fogo? "A rapidez na comunicação pode salvar vidas"
Nesta altura de risco acrescido, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) aproveitou para recordar à população o que fazer caso veja fumo ou fogo nas proximidades.
"Viu fumo ou fogo? Não hesite. Ligue 112. A rapidez na comunicação pode salvar vidas, proteger animais e bens", lê-se numa publicação.
Além disso, a ANEPC recomenda que, nesses casos, "não tente apagar" as chamas; "afaste-se" e "coloque-se em segurança".
Área ardida este ano quase que triplicou face a 2024
Recorde-se que a área ardida este ano quase que triplicou em relação ao mesmo período de 2024 e o número de incêndios rurais aumentou 68%, segundo as estatísticas do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).
O novo portal do SGFIR, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), indica que, entre 1 de janeiro e 11 de julho (sexta-feira), deflagraram 3.202 incêndios rurais que consumiram 9.974 hectares. No mesmo período do ano passado, tinham ocorrido 1.902 fogos e 3.246 hectares de área ardida.
De notar que, em 2024, a área ardida foi a maior dos últimos seis anos, sendo que arderam mais de 147.000 hectares, resultante de 735 incêndios.
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