Num comunicado do seu Grupo de Diretores de Não Proliferação Nuclear, o G7 reiterou que o Irão "não pode nem nunca deve ter uma arma nuclear" e apelou ao retomar das negociações sobre o programa nuclear de Teerão.
"Continuamos também a expressar a nossa séria preocupação com a proliferação de mísseis balísticos do Irão e o seu apoio aos seus agentes e parceiros, como o Hamas, o Hezbollah, os Huthis e as milícias afiliadas no Iraque", afirmou o grupo, de que fazem parte Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
O Canadá ocupa desde janeiro a presidência do G7 e realizou em junho uma cimeira do grupo em Kananaskis, província de Alberta.
Em relação à Coreia do Norte, o G7 afirmou que "nunca" terá o estatuto de Estado detentor de armas nucleares "ou qualquer estatuto especial de qualquer tipo" e exigiu que "abandone todas as suas armas nucleares e outras armas de destruição maciça, mísseis balísticos e atividades relacionadas".
Além disso, o G7 criticou o apoio material da Coreia do Norte, do Irão e da China à invasão da Ucrânia pela Rússia, e prometeu "manter a segurança nuclear na Ucrânia, incluindo na central nuclear de Zaporijia", além de intensificar as sanções contra Moscovo.
Expressou também o seu desejo de que a Rússia volte a cumprir o Novo Tratado START e as subsequentes medidas de controlo de armas nucleares.
O START III, tratado de desarmamento nuclear entre a Rússia e os Estados Unidos, expira em 2026.
O G7 refere em comunicado que "continuará a trabalhar para reforçar a arquitetura de tratados internacionais que sustenta a não proliferação nuclear e o desarmamento".
Em relação à situação na Ucrânia, apelou "à cessação imediata" da utilização de quaisquer "ataques químicos", incluindo como "método de guerra", manifestando "uma grave preocupação com a alegada utilização de cloropicrina", agente anti-distúrbios, naquele país.
O G7 manifestou também preocupação com "a significativa acumulação de armas nucleares pela China, que carece de transparência e salvaguardas significativas contra uma potencial escalada nuclear indesejada".
Por fim, destacou "as profundas implicações das tecnologias emergentes com potenciais aplicações tanto em armas de destruição maciça como em armas convencionais".
"A inteligência artificial, a tecnologia de 'drones', a computação quântica, a robótica avançada e a biotecnologia estão entre as tecnologias que podem gerar enormes oportunidades para o progresso humano, mas também riscos para a segurança", alertou.
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